Outras do analista de Bagé
Luis Fernando Veríssimo
A imagem de um barbudo com cara de
bronco e uma monocelha que faria o Monteiro Lobato ter pesadelos, vestindo toga e capelo, seria assustadora se não fosse cômica. Veríssimo
segue a saga de um dos seus mais famosos personagens, uma das mais inteligentes
críticas ao estilo espartano totalmente distorcido do gaúcho tradicionalista.
“SUA ESCOLA NA PSICANÁLISE: "Sou freudiano
de carregar bandeirinha, mais ortodoxo do que rótulo de Maizena." SOBRE O
FEMINISMO: "Toda mulher deve lutar pelos seus direitos, desde que não
interfira nos serviços de casa." SOBRE A INFLUÊNCIA DA BOMBACHA NO
MACHISMO GAÚCHO: "O gaúcho é o que é, porque a bombacha dava espaço. Uso
bombacha até no consultório. Quando a ocasião é social uso as de enfeite do
lado. Mas nada que brilhe, senão já é bichice. Pra apertar meus fundilhos, só
mão de china..." SOBRE A SUA INFANCIA: "Normal. O que não aprendi no
galpão, aprendi atrás do galpão." “SOBRE O REICH: "Esse tal de Reich,
nem pra catá bosta. Reich, pra mim, é prenuncio de cuspida." SOBRE A
SOCIEDADE PSICANALÍTICA DE BAGÉ: "Eles me consideram uma rês desgarrada,
porque sou muito radical. Só não me expulsaram ainda porque querem me capar
antes.”
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