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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Diário de Guantánamo

A jornalista Mahvish Rukhsana Khan relata neste livro as atrocidades que o Governo americano cometeu contra os presos em Guantánamo, uma prisão para “terroristas”. Sim, há terroristas em Guantánamo, mas a grande maioria dos presos são pessoas comuns, que viviam suas vidas comuns no Oriente Médio: médicos, professores, jornalistas, pastores de ovelhas, dentistas. E por que estão lá? Porque foram entregues por pessoas de mau caráter, por parentes que não gostavam deles, por pessoas que deviam a eles e os entregaram como conspiradores para que não precisassem pagar suas dívidas, ou simplesmente porque o governo americano, através de seus militares, considerou que fossem ameaças…

Como pode um homem de 80 anos que não pode caminhar ser considerado uma ameaça pelo governo dos EUA? Sim, haviam presos idosos e doentes que foram torturados e tiveram sua liberdade negada pelos EUA. 
Graças a Mavish e uma equipe de advogados americanos, alguns deles puderam recorrer e lutar por justiça, sobrevivendo à tirania do governo americano e retornando às suas famílias.

Um livro indispensável para que quer conhecer o lado negro do imperialismo americano.


segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

632 anos depois de Ford. Isso mesmo, o nosso Ford, que nesta distopia se tornou um deus para o que restou da humanidade. É em 632 depois de Ford que a história se passa... e a humanidade não é mais a mesma: Condicionamento de classes, manipulação genética, criação de classes destinadas a determinados trabalhos... e uma felicidade imposta a todos através da soma, uma droga que faz você se sentir muito bem, mesmo quando as condições são adversas.

É assustador pensar que a classe alta adoraria que as classes menos favorecidas aceitassem sua condição de trabalhadores sem outro destino, e se sentissem "felizes" com isso. No livro, aqueles que por algum motivo não aceitaram tal condicionamento da humanidade, foram excluídos da sociedade, moram em reservas, como "selvagens".

Ao contrário do que acontece no livro 1984, em Admirável Mundo Novo o sexo é incentivado, até mesmo com erotização infantil. O que não é permitido é o amor, a formação de famílias, o sentimentalismo. 

A sociedade se divide em alfas, betas, gamas, deltas e ípsilons, que se classificam ainda em "+" ou "-", de acordo com suas funções. Nenhum ser humano nasce de relações sexuais, todos são gerados em laboratório e condicionados de acordo com as necessidades do sistema. Os termos "pai" e "mãe" são uma ofensa, algo que não deve ser pronunciado, e remetem a uma sociedade inferior, que não existe mais. O crescimento demográfico é controlado e a sociedade importa mais que o indivíduo.

Este livro, assim como 1984, Fahrenheit 451 e outras distopias, é um alerta para nossa própria sociedade, que vive somente para o trabalho, cultiva um desejo desesperado de sucesso e busca a felicidade como status a ser divulgado a todos ao seu redor, esquecendo-se de realmente viver a vida e enfrentar as coisas como elas realmente são.

O livro foi publicado em 1932.