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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #60 - Set Fire to the Rain


#60 – 29/02/16 – “Set Fire to the Rain”
Composição: Adele, Fraser T. Smith
Interpretação: Adele

Nenhuma desafinação pode apagar o brilho da britânica Adele Laurie Blue Adkins. A moça lançou seu primeiro álbum, 19, em janeiro de 2008 e já chamou a atenção do público, da mídia e da crítica. Mas foi em 2011, com o disco 21 (sim, referências à idade dela quando escreve as composições), que Adele virou fenômeno. Os singles Rolling in the Deep e Someone Like You fizeram um sucesso estrondoso e as hipnotizantes e perfeitas performances ao vivo da moça chamaram a atenção – pelo lado bom. Então, Set fire to the rain foi lançada como terceiro single, e é minha favorita. Não que as outras duas sejam ruins, mas, enquanto Rolling é uma música porra-loca e Someone é uma música de dor de cotovelo, Set fire to the rain é uma canção forte, principalmente por ser escrita em acorde menor. Se a letra ainda dança no tema batido e irritante de relacionamentos falidos, a melodia forte em Ré menor faz toda a diferença, explorando o forte contralto de Adele em notas bem graves e bem agudas. Excelente canção, que foi primeiro lugar em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil.



I let it fall, my heart
And as it fell, you rose to claim it
It was dark and I was over
Until you kissed my lips and you saved me

My hands they were strong
But my knees were far too weak
To stand in your arms
Without falling to your feet

But there's a side, to you, that I never knew, never knew
All the things you'd said, they were never true, never true
And the games you'd played, you would always win, always win

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

When I lay, with you
I could stay there, close my eyes
Feel you here forever
You and me together, nothing gets better!

'Cause there's a side, to you, that I never knew, never knew
All the things you'd said, they were never true, never true
And the games you'd played, you would always win, always win

But I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, it felt something died
'Cause I knew that that was the last time, the last time!

Sometimes I wake up by the door
That heart you caught must be waiting for ya
Even now when we're already over
I can't help myself from looking for ya

I set fire to the rain
Watched it pour as I touched your face
Well, it burned while I cried
'Cause I heard it screaming out your name, your name!

I set fire to the rain
And I threw us into the flames
Well, it felt something died
'Cause I knew than that was the last time, the last time!

Oh, oh, oh, oh, oh

Let it burn...


(Eu Ateei Fogo À Chuva)

Deixei meu coração cair
E enquanto ele caía, você se ergueu para reivindicá-lo
Estava escuro e eu estava acabada
Até que você beijou meus lábios e me salvou

Minhas mãos eram fortes
Mas meus joelhos eram muito fracos
Para permanecer em seus braços
Sem cair aos seus pés

Mas há um lado seu que eu nunca conheci, nunca conheci
Todas as coisas que você disse, nunca foram verdade, nunca foram verdade
E os jogos que você tinha jogado, você sempre ganharia, sempre ganharia

Mas eu ateei fogo à chuva
A assisti cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvia gritando seu nome, seu nome!

Quando eu deitava com você
Eu poderia permanecer lá, fechar os olhos
Sentir você aqui para sempre
Você e eu juntos, nada é melhor!

Mas há um lado seu que eu nunca conheci, nunca conheci
Todas as coisas que você disse, nunca foram verdade, nunca foram verdade
E os jogos que você tinha jogado, você sempre ganharia, sempre ganharia

Mas eu ateei fogo à chuva
A assisti cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvia gritando seu nome, seu nome!

Eu ateei fogo à chuva
E nos joguei nas chamas
Bem, eu senti que algo morreu
Porque eu sabia que aquela era a última vez, a última vez!

Às vezes acordo ao lado da porta
Aquele coração que você pegou está esperando por você
Até mesmo agora, quando já terminamos
Não posso evitar ficar te procurando

Eu ateei fogo à chuva
A assisti cair enquanto eu tocava seu rosto
Bem, ela queimava enquanto eu chorava
Porque eu a ouvia gritando seu nome, seu nome!

Eu ateei fogo à chuva
E nos joguei nas chamas
Bem, eu senti que algo morreu
Porque eu sabia que aquela era a última vez, a última vez!

Oh, oh, oh, oh, oh

Deixe queimar...

 

domingo, 28 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #59 - Anna Julia


#59 – 28/02/16 – “Anna Julia”
Composição: Marcelo Camelo
Interpretação: Los Hermanos

Quando os estudantes Marcelo Camelo, Rodrigo Barba, Bruno Medina, Rodrigo Amarante e Patrick Laplan tocaram os primeiros acordes do Los Hermanos, não imaginariam que um dia seriam produzidos por Rick Bonadio, e que teriam uma promessa de hit nas mãos que quase jogariam fora. Anna Julia foi escrita por Camelo, inspirado na também estudante Anna Julia Werneck, por quem o produtor da banda era apaixonado. O próprio Camelo quase limou a canção do primeiro CD da banda, homônimo, porque Anna Julia era algo que não representava o grupo, uma balada de rádio, apenas com uma leve influência do som que a banda fazia. De qualquer forma, a canção ganhou o país e tornou o som do Los Hermanos reconhecido em todo o Brasil.



Quem te vê passar assim por mim
Não sabe o que é sofrer
Ter que ver você, assim, sempre tão linda
Contemplar o sol do teu olhar, perder você no ar
Na certeza de um amor
Me achar um nada
Pois sem ter teu carinho
Eu me sinto sozinho
Eu me afogo em solidão

Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia

Nunca acreditei na ilusão de ter você pra mim
Me atormenta a previsão do nosso destino
Eu passando o dia a te esperar
Você sem me notar
Quando tudo tiver fim, você vai estar com um cara
Um alguém sem carinho
Será sempre um espinho
Dentro do meu coração

Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia

Sei que você já não quer o meu amor
Sei que você já não gosta de mim
Eu sei que eu não sou quem você sempre sonhou
Mas vou reconquistar o seu amor todo pra mim

Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia
Oh, Anna Júlia, Júlia, Júlia
Oh Oh Oh...

 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #58 - Versos Simples

#58 – 27/02/16 – “Versos simples”
Composição: Cassiane Silva / Richardson Maia
Interpretação: Chimarruts

Os oito integrantes do Chimarruts começaram a sua trajetória musical no ano de 2000, ainda apenas no Rio Grande do Sul. Em 2002, lançaram o primeiro CD, homônimo. O talento da banda chamou a atenção de grandes músicos, com quem já dividiram o palco, como Paralamas do Sucesso, Gilberto Gil, Lulu Santos, entre muitos outros. A banda cresceu no país, fazendo sucesso nas rádios e na televisão. Em 2003, lançaram o disco Somos todos um, e em 2005, o álbum Livres para Viajar. Foi neste CD que a banda lançou uma das canções mais famosas da sua carreira, que definiu a banda como um dos maiores grupos de reggae do Brasil na atualidade. Versos Simples torna-se grande pela simplicidade. Gravada apenas com violão e a voz marcante de Tati Portella, a letra é um dos mais belíssimos poemas que já escutei. Fala de alguém que se declara a quem ama, sente saudade, quer falar, mas faltam palavras, quer presentear, mas presente nenhum será grande para alguém que se ama. Então a pessoa trás seus versos, simples, mas de coração... Essa letra sempre me chamou a atenção, porque, à primeira vista, como disse, é uma declaração de amor, mas, analisando alguns versos (saudade já não sei se é a palavra certa para usar; não te trago ouro porque ele não entra no céu), lembra um poema feito para alguém que já morreu! 




Sabe, já faz tempo
Que eu queria te falar
Das coisas que trago no peito
Saudade, já não sei se é
A palavra certa para usar
Ainda lembro do seu jeito

Não te trago ouro
Porque ele não entra no céu
E nenhuma riqueza deste mundo
Não te trago flores
Porque elas secam e caem ao chão
Te trago os meus versos simples
Mas que fiz de coração...



(para você)

 



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #57 - Como Uma Onda

#57 – 26/02/16 – “Como uma onda”
Composição: Lulu Santos e Nelson Motta
Interpretação: Lulu Santos

Não existe metáfora mais perfeita para falar da vida e do tempo do que o mar. Um fluxo constante de ondas que vão e voltam, semelhantes em sua aparência, porém todas diferentes umas das outras, porque as águas que passaram de uma onda não voltam jamais... e tampouco adianta se preocupar com a próxima onda, sabe-se que ela vem, mas não como será... assim descreve com exatidão a letra de Como uma onda. A canção foi interpretada por Lulu Santos para o filme Garota Dourada, e inclusa no segundo álbum do cantor, O ritmo do momento, de 1983. Definida pelo co-autor, Nelson Motta, como um bolero moderno, Como Uma Onda nasceu da vida paradoxal do músico, adepto de filosofias orientais e viciado em drogas, uma vida de vai-e-vem, como as ondas do mar. 



Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará

A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito

Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente
Viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo
No mundo

Não adianta fugir
Nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar
Como uma onda no mar...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #56 - Even Flow


#56 – 25/02/16 – “Even Flow”
Composição: Eddie Vedder/ Stone Gossard
Interpretação: Pearl Jam

O Pearl Jam é uma das mais conhecidas bandas de rock alternativo americanas dos anos 90. A banda estourou no cenário grunge americano, junto com Nirvana e outras mais, e, já em seu primeiro álbum, Ten, de 1991, lançou para o mundo aquele que seria um dos maiores sucessos da sua história. Even Flow é considerada uma canção difícil, gravada com afinação havaiana. Seu poema descreve a vida sofrida de um morador de rua. A emoção da letra contrasta com o rock pesado da canção, e ficou perfeita na voz característica do vocalista, Eddie Vedder. No ano de seu lançamento, Even Flow alcançou o terceiro lugar da Billiboard.



 Freezin', rests his head on a pillow made of concrete, again
Oh, feelin', maybe he'll see a little better set a days, ooh yeah
Oh, hand out, faces that he sees time again ain't that familiar, oh, yeah
Oh, dark grin, he can't help, when he's happy looks insane, oh, yeah

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Oh, he don't know, so he chases them away
Someday yet, he'll begin his life again
Life again, life again

Kneelin', looking through the paper though he doesn't know to read, ooh yeah
Oh, prayin', now to something that has never showed him anything
Oh, feelin', understands the weather of the winters on its way
Oh, ceilings, few and far between all the legal halls of shame, yeah

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Oh, he don't know, so he chases them away
Someday yet, he'll begin his life again
Whispering hands, gently lead him away
Him away, him away
Yeah!

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Oh, he don't know, so he chases them away
Someday yet, he'll begin his life again, yeah
Oh, whispering hands, gently lead him away
Him away, him away
Yeah!


(Fluxo Constante)

Congelando, descansa sua cabeça em um travesseiro feito de concreto, de novo
Oh, sentindo, talvez ele se sinta um pouco melhor em alguns dias, ooh yeah
Oh, esmola, rostos que ele sempre vê já não são tão familiares, oh, yeah
Oh, sorriso sombrio, ele não pode evitar, quando está feliz parece insano, oh, yeah

Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, ele não sabe, então ele os expulsa
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Vida novamente, vida novamente

Ajoelhando, olhando para o jornal mesmo sem saber ler
Oh, rezando, para alguma coisa que nunca lhe mostrou nada
Oh, sentindo, entende que inverno está chegando
Oh, tetos, raros entre todos os legítimos salões da vergonha

Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, ele não sabe, então ele os expulsa
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Mãos sussurrantes, o conduzem gentilmente para longe
Para longe, para longe
Yeah!

Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, ele não sabe, então ele os expulsa
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Oh, mãos sussurrantes, o conduzem gentilmente para longe
Ele longe, ele longe
Yeah!

 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

#366Acordes - Acorde #55 - O Calibre


#55 – 24/02/16 – “O Calibre”
Composição: Herbert Vianna
Interpretação: Os Paralamas do Sucesso

Se a música Tropa de Elite traduziu o primeiro filme da série homônima, O Calibre traduziu – e com perfeição – o segundo. Para quem acha que os Paralamas não fazem música muito elaborada (beijos, JP), O Calibre chega cumprindo com exatidão o papel de crítica social à violência urbana, pela qual já fomos derrotados. Como se já vivêssemos no mundo de Laranja Mecânica, onde Alex mata, estupra e é vítima, a canção caiu como uma luva no cenário deprimente do filme Tropa de Elite 2. O Calibre foi lançada no álbum Longo Caminho, de 2002, depois do acidente que quase tirou a vida de Herbert Vianna.




 Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca para?
A que horas você nunca sai?

Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação

Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais

Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro...