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sábado, 12 de outubro de 2019

Bacurau

Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles trazem o filme Bacurau, alvo de críticas e elogios, que a meu ver é um alerta: Uma cidade no interior do Nordeste que de repente não se encontra mais nos mapas, e seus moradores começam a ver drones voando nos céus e uma onda inédita de turistas chegando à cidade... carros começam a ser alvos de tiros e cadáveres começam a aparecer... e a pacata Bacurau vira uma "zona de caça" para turistas.

Fazendo uma analogia entre a história de Bacurau e a atual sociedade, a politica proposta pelo Governo, as mudanças na economia, não estamos longe - nós os menos favorecidos - de nos tornarmos alvos. A política de "segurança" praticada no Rio de Janeiro já não faz diferença entre civis e bandidos. O sistema de saúde, já agonizante, não está longe de ser privatizado e abandonar de vez os pobres. A educação já é alvo de empresários que gostariam muito de que as escolas deixassem de ser um dever do Estado para com o cidadão e se tornassem um negócio.

E com toda esta exclusão social, o que restará aos menos favorecidos? O que o Estado fará com eles? Quem viu o discurso de Bolsonaro na ONU, quem ouve todos os dias os absurdos ditos pelo presidente Trump, sabe que as classes menos favorecidas estão sendo afastadas da proteção do Estado. Os cidadãos de classes um pouco mais altas já sofrem a ilusão de que quanto menos o Estado se envolver com os pobres, melhor será. Há muitos ignorantes afirmando que a causa da pobreza é a "vitimização" das pessoas.

Quando a Saúde for um negócio, quando a Educação for um produto e quando as milícias e empresas de segurança mandarem nas ruas superando a polícia, seremos alvos, não só no Rio ou em São Paulo, seremos alvos em qualquer lugar.

Angélique Namaika

Dungu, uma cidade na Província Oriental da República Democrática do Congo - RDC - , um lugar devastado pela guerra e pelo terror causado por vários grupos armados, entre eles o "Exército de Resistência do Senhor (LRA)". Eles matam civis, estupram mulheres, queimam vilas e expulsam os sobreviventes.

É neste lugar devastado que a irmã Angélique Namaika faz seu trabalho, percorrendo com coragem as ruas de sua cidade, de bicicleta, procurando dar apoio às mulheres vítimas da violência. Ela mesma fugiu de sua comunidade em 2009 durante um ataque do LRA, se escondendo mata adentro por quase cem quilômetros.

Mesmo fugindo da violência, ela não pretende abandonar seu país, buscando sempre apoiar as mulheres vítimas da guerra, da violência e do abuso sexual. Angélique é co-fundadora do Centro para Reintegração e Desenvolvimento, que atende atualmente 150 mulheres, mas já atendeu mais de duas mil desde sua fundação em 2008. O Centro ajuda na recuperação das mulheres, alfabetiza e também ensina algumas profissões.

A irmã Angélique Namaika recebeu em 2013 o Prêmio Nansen para Refugiados. Num mundo onde os poderosos não se importam com os menos favorecidos, pessoas como a irmã Angélique fazem a diferença dando um exemplo de bondade, coragem e empatia. 

sábado, 5 de outubro de 2019

Jerry Lewis - Rock 'n' Roll

Jerry Lewis,  comediante, roteirista, produtor, ator, diretor e cantor norte-americano. Como você faz falta...

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