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quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Declínio do Império Americano

A tarefa de Obama é fazer o povo americano se acostumar com o novo papel dos EUA no qual ainda têm muita importância, mas não será uma superpotência dominante. Os americanos estão conhecendo seus limites, apesar de que essa palavra nunca fez muito parte do vocabulário dos EUA. Há um grande número de títulos da dívida americana que estão em poder da China, e isso é um problema na contabilidade global, a “superpotência” está com um rombo enorme na economia.
Falando militarmente, os EUA sabem entrar no Iraque, tirar Sadam do poder. Mas não sabem atuar contra guerrilhas, não sabem se defender (apesar de todo poder bélico) de grupos terroristas que cabem na traseira de uma caminhonete e podem promover ataques no meio dos Estados Unidos.
A pior coisa que os americanos enfrentaram foi a desmoralização durante o governo Bush. E perceberam que estavam sem liderança, sozinhos, e que o ataque ao Iraque não era uma resposta ao 11 de setembro, e sim, o cumprimento de uma promessa de campanha política a grandes empresários nas áreas de construção, armas e petróleo. O aeroplano América tem perdido altitude.

(Texto baseado na entrevista que o historiador inglês Simon Schama, 64 anos, deu à revista Galileu em agosto de 2009)

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