"Na esteira dos desastres do ônibus espacial Challenger e da usina nuclear de Chernobyl, somos lembrados de que podem ocorrer fracassos catastróficos na alta tecnologia, apesar de nossos melhores esforços. No século de Hitler, reconhecemos que loucos podem alcançar o controle absoluto sobre estados industriais modernos. É apenas uma questão de tempo até que ocorra um erro sutil imprevisto nas máquinas de destruição em massa, um fracasso crucial na comunicação ou uma crise emocional num líder nacional já sobrecarregado de problemas. Em toda parte, a espécie humana gasta quase 1 trilhão de dólares por ano, a maior parte pelos Estados Unidos e pela União Soviética, nos preparativos para a intimidação e a guerra. Talvez, depois de um exame preliminar, decidissem ser mais conveniente ter um pouco de paciência e esperar que nós nos autodestruíssemos.
Estamos numa situação de risco. Não precisamos de invasores alienígenas. Nós próprios já geramos perigos suficientes. Mas são perigos invisíveis, aparentemente muito distantes da vida cotidiana, exigindo pensamentos cuidadosos para serem compreendidos e envolvendo gases transparentes, radiação invisível, armas nucleares que quase ninguém realmente viu em uso – em vez de um exército estrangeiro com intenções de saquear, escravizar, estuprar e assassinar. Os nossos inimigos comuns são mais avessos a serem personificados, mais difíceis de odiar do que um Shahanshah, um Khan ou um Führer. E reunir as forças contra esses novos inimigos exige de nós esforços corajosos da Terra, mas especialmente os Estados Unidos e a União Soviética – somos responsáveis pelos perigos que agora enfrentamos."
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