O
homem que não queria ser papa
Andréas Englisch
Dizem
alguns “especialistas” que Bento XVI foi o papa mais fraco da igreja católica.
Outros dizem que este livro é apenas fruto do oportunismo do jornalista Andréas
Englisch, que escreveu esta obra no olho do furacão e lançou-a em tempo recorde.
O fato é que Joseph Ratzinger, como já disse essa semana, e repito, é um dos
homens mais inteligentes deste século, e, talvez, a mente mais brilhante que
passou pelo palácio apostólico. O que demonstra sua inteligência foi sua sábia
decisão de renuncia, de um cargo que lhe pesava os ombros e o espírito. Sim,
Herr Papa não queria ser papa. Nunca quis. Talvez, tivesse a consciência de que
não conseguiria levar a cabo a missão de um papa, o homem mais poderoso do
planeta. E, em sua obra, Englisch, oportunista ou não, tece a teia da hipocrisia
do Vaticano, mesclando a política da igreja católica com a teologia sufocada da
religião do dinheiro. Como diz a resenha da Folha,
uma história que parece saída das páginas de um livro de suspense, mas que se
revela uma crua verdade. E é a mais triste verdade ver que um homem tão brilhante passará tão discretamente pela história. É o carma das grandes mentes.
2 comentários:
De fato... Uma mente brilhante no cenário errado passará despercebida, certamente. Contudo, vale um adendo: a empatia, o entusiasmo, e mesmo o brilhantismo em executar determinada tarefa, podem ser perfeitamente adaptáveis. Aliás, a adaptabilidade à situações diversas também é um sinal de inteligência. Talvez o 'tipo' de inteligência do ex-papa não esteja voltado à resolução de situações tão extremas e altruístas... Há de se pensar muito ainda aos fatores e fatos que levaram-no à renúncia.
Excelente comentário pro, voce falou o que eu queria falar e não encontrei as palavra... Bento XVI talvez não estivesse preparado, eu diria até determinado, à função que lhe foi concedida.
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