A
metamorfose
Franz
Kafka
É
com vergonha que reconheço que nunca li nada de Kafka. Esse tcheco de origem
judaica – mais um gênio judeu – que morreu da maldita tuberculose com 41 anos,
abandonado em um hospício, escreveu sobre a condição humana com uma
profundidade vista somente nas grandes mentes. Uma de suas obras primas é A
metamorfose. "Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho
agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de
inseto." Nessa frase, Kafka resumiu sua obra, que, não obstante, é ampla
como a capacidade de pensamento humano. Diante de sua metamorfose, Samsa começa
a analisar seu mundo, sua vida, com seus novos olhos. A repulsa da família, a complacência
da irmã, que lhe leva alimento, o cenário inverossímil e ao mesmo tempo tão
profundo, a prosopopéia perfeita para analisar a hipocrisia humana, no caso,
alegorizada na família de Samsa. Uma novela cheia de nuances, de desespero, de
absurdo, que tem como maio objetivo discorrer sobre o comportamento humano.
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