Inovação, globalização,
atualização, evolução. Todas estas palavras resumem o tempo em que vivemos.
Empresas tornaram-se grandes corporações, ou companhias globais, numa luta
eterna pela conquista do mercado mundial. E querem fazer de conta
que oferecem um lugar excelente para seus funcionários, que agora são chamados
de “colaboradores”. E nesta falsa evolução, os chefes se tornaram “gestores”,
uma palavra mais leve para se ouvir. Gestão é usada como sinônimo de Administração.
O problema é que “gestão” é uma palavra que nos atrasa cerca de 500 anos. Gestão
vem de gesto, gesticulação. Gestor era aquele que apontava com o dedo indicador
e ordenava:
“Coloque este fardo ali.” ou
“Você, venha aqui.”
Isto não é Administração do
século XXI, é gestão do século XVI.
O gestor é o sujeito que
permanece com uma mão no bolso e a outra fazendo gestos, fazendo sinais, dando ordens,
sem realmente “por a mão na massa”. Gritando com os subordinados, dá murros na
mesa, impondo a todos a sua condição de “diretor”...
Todas as palavras que referem-se
à mão deveriam ser excluídas do ambiente da administração. O “gestor”, por
exemplo, usa “indicadores” de produção, tentando “apontar” uma solução...
Administrar não é mandar, não é
dirigir, não é ser “diretor” ou “dirigente”. Administrar é conhecer a real
situação do seu ambiente, é delegar funções, é confiar nos seus colegas, é
treiná-los e capacitá-los.
Na visão de Stephen Kanitz, se
você pensa ser um “gestor”, “dirigente” ou “diretor”, cuidado: você está
mostrando para todo mundo que acredita que administrar é dar ordens para
subordinados. E você não merece a sua posição.
(baseado em um artigo de Stephen
Kanitz)
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