Sob a redoma
Stephen King
Stephen
King é um rei na literatura, com sua sagacidade e sua capacidade de ir direto
ao ponto, de não ter medo de escrever, de não ter papas na língua e escrever
sobre coisas que o mundo precisa ouvir. Assim, King produziu uma chaproca de
exatas 951 páginas, uma espécie de Walking
dead sem zumbis. Em Sob a redoma, os mortos vivos são os seres humanos sem
capacidade de reação, a milícia é a camada política dominante, sempre disposta
a fazer valer seus interesses mais podres e capaz de esconder seus crimes mais hediondos.
Na pequeníssima Chester’s Mill, ambientada no Maine – estado onde King vive, com
sua esposa Tabitha – uma redoma transparente inexplicavelmente surge, sabe Deus
de onde, numa bela manhã de sábado, isolando a cidade dos EUA, do mundo.
Imediatamente, duas facções destacam-se. Uma, liderada pelo segundo vereador da
cidade, Big Jim Rennie, dissimulado e corrupto, usando o isolamento e
fragilidade da cidade como maneira de dominação. Outra, representada pelo
veterano Dale Barbara, o Barbie, e a jornalista Julia Shumway, ligados pelo
acaso e pela decência e coragem. Ao longo do livro – ainda estou só na página
218 – a situação se torna climaticamente e socialmente crítica, pessoas
ligam-se a ambos os lados, e uma guerra particular dentro da redoma se trava.
Sem dúvida, um clássico, uma leitura obrigatória para qualquer pessoa crítica e
disposta a estar acima da massa de manobra.
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