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segunda-feira, 1 de abril de 2013

A dieta do bom humor (Marvin)

Estou republicando um texto antigo, de fevereiro de 2010, quando Marvin, inspirado por certos problemas de saúde pelos quais eu passei, e que prefiro nem lembrar, foi extremamente solidário comigo e me ajudou a buscar alimentos que pudessem melhorar minha saúde. Aqui está uma síntese dessa pesquisa. Espero que vocês gostem. 

         Misturar nutrientes e alegria não é nenhuma piada. Trata-se de um assunto tão sério que já ocupa centros de pesquisas respeitadíssimos ao redor do planeta. Na Grã-Bretanha, por exemplo, há o Food and Mood Institute, ou Instituto da Comida e Humor, na tradução literal, que, por meio de pesquisas de milhões de libras, soma dados e dados a respeito da influência da dieta nos ânimos.

        Aqui no Brasil também existem estudiosos investigando essa história. É o caso da neurocientista Patrícia Brocardo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que, inclusive, tem trabalhos publicados no periódico científico internacional Neuropharmacology. Não há dúvida sobre a interferência daquilo que comemos nas variações de humor, afirma.

   Ingredientes vindos do prato são capazes de modular a fabricação de neurotransmissores. O palavrão ao lado, que não tem nada de divertido, tampouco de saboroso, refere-se a um grupo de substâncias químicas responsáveis pela comunicação das células no nosso cérebro. Para que você se sinta feliz, disposto e tranqüilo, é fundamental que esse grupo desempenhe bem o seu papel e esteja em níveis adequados na massa cinzenta. E são três os principais envolvidos com o alto-astral: serotonina, dopamina e noradrenalina. O professor brasileiro Ivan de Araújo, que trabalha com neurociências na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, explica que o primeiro é derivado do triptofano e os dois últimos são produzidos com a ajuda da tirosina. Não fique zangado com todos esses nomes. Leia as próximas linhas com calma para saber aonde quero chegar.

Proteínas para sorrir

       Pois bem, o desconhecido triptofano pode estar mais perto do que você imagina. Alimentos como o grão-de-bico, a ervilha, a lentilha e os feijões oferecem boas doses dele. Carnes, peixes, ovos, leite e, ufa!, seus derivados também são fornecedores. Dietas recheadas com essas opções garantem serotonina. O triptofano funciona como os tijolos no processo de montagem molecular do neurotransmissor, compara Araújo. O resultado é uma tendência bioquímica a se sentir feliz. Isso porque a sinalização serotonérgica como os especialistas definem a atuação da substância tem tudo a ver com a regulação do humor. Portanto, se faltam fontes de triptofano no prato, abrem-se brechas para que o dia-a-dia seja cinza, sem a menor graça.

          E a tal de tirosina? Ela também é um aminoácido, ou seja, um pedaço de proteína. E é encontrada na turma mencionada acima. Mas sua relação é bem mais estreita com a dupla dopamina e noradrenalina, que controla as suas reações a estímulos de conteúdo emocional enfim, como vai encarar os sorrisos e as caras feias dos outros no cotidiano, por exemplo. Fica uma lista de alimentos para que você não deixe faltar triptofano, tirosina e carboidratos para o seu organismo:
 - Leite e iogurte desnatados;
 - Queijo branco;
 - Banana;
 - Arroz integral;
 - Batata;
 - Feijão;
 - Lentilha;
 - Abacate;
 - Soja e derivados;
 - Pão integral ou não;
 - Mel;
 - Carne de aves sem pele;
 - Peixes;
 - Grão de bico;
 - Ovos;
 - Ervilha.

(nunca digite "café colonial" no Google)

2 comentários:

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