Submarino

Páginas

sábado, 13 de abril de 2013

O Duopólio do Mal

Você sabia que cada lojista, dono de restaurante, bar ou lanchonete que trabalha com cartões de crédito paga uma taxa de 6% para as credenciadoras do serviço, sendo que as duas principais – CIELO E REDECARD – que detém mais de 90% do mercado, não compartilham os vouchers em seus equipamentos, obrigando o comerciante a manter duas ou mais máquinas em seus estabelecimentos?
 
A Cielo e a Redecard constituem o duopólio cruel que detona os lucros dos empreendedores brasileiros. Sim, apenas dos brasileiros, porque na Europa e nos EUA - onde o poder aquisitivo é maior – a taxa gira em torno de 1%! Em setembro de 2012, o presidente executivo da ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) através da ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, enviou uma carta diretamente à presidente Dilma, solicitando o alinhamento dos meios de pagamento eletrônico com as taxas cobradas nos demais países. A presidente Dilma prometeu tomar providências.
 
O que não entendo é a dificuldade em controlar esse abuso, se O BANCO DO BRASIL, QUE É UMA EMPRESA DE ECONOMIA MISTA, MAS AINDA CONTROLADA PELO GOVERNO FEDERAL, DETÉM 28,65% DA CIELO! Com toda esta influência, seria fácil para o Governo Federal pressionar as margens de lucro através do Banco! A solução é liberar a competividade, obrigando que cada máquina aceite TODOS os cartões, quebrando assim o duopólio.
O Banco Central precisa fixar regras para as empresas credenciadoras, obrigando-as a seguir as determinações do Sistema Financeiro Nacional. Há restaurantes que, mesmo sendo frequentados por um público de alto poder aquisitivo, sofrem uma perda de R$ 5,5 mil mensais com aluguel de máquinas e taxas, como é o caso do Rangetsu, restaurante japonês em São Paulo cuja matriz fica em Tóquio. É importante salientar que o cenário de abusos de taxas e aluguel de máquinas NÃO EXISTE nos EUA. A falha está na legislação brasileira, que dá brecha para que empresas mal intencionadas assaltem o bolso do empreendedor, e consequentemente, do consumidor.
 

Nenhum comentário: