Você sabia que cada lojista, dono
de restaurante, bar ou lanchonete que trabalha com cartões de crédito paga uma
taxa de 6% para as credenciadoras do serviço, sendo que as duas principais –
CIELO E REDECARD – que detém mais de 90% do mercado, não compartilham os
vouchers em seus equipamentos, obrigando o comerciante a manter duas ou mais
máquinas em seus estabelecimentos?
A Cielo e a Redecard constituem o duopólio
cruel que detona os lucros dos empreendedores brasileiros. Sim, apenas dos brasileiros,
porque na Europa e nos EUA - onde o poder aquisitivo é maior – a taxa gira em
torno de 1%! Em setembro de 2012, o presidente executivo da ABRASEL (Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes) através da ministra da Casa Civil, Gleise
Hoffmann, enviou uma carta diretamente à presidente Dilma, solicitando o
alinhamento dos meios de pagamento eletrônico com as taxas cobradas nos demais
países. A presidente Dilma prometeu tomar providências.
O que não entendo é a dificuldade
em controlar esse abuso, se O BANCO DO BRASIL, QUE É UMA EMPRESA DE ECONOMIA
MISTA, MAS AINDA CONTROLADA PELO GOVERNO FEDERAL, DETÉM 28,65% DA CIELO! Com
toda esta influência, seria fácil para o Governo Federal pressionar as margens
de lucro através do Banco! A solução é liberar a competividade, obrigando que
cada máquina aceite TODOS os cartões, quebrando assim o duopólio.
O Banco
Central precisa fixar regras para as empresas credenciadoras, obrigando-as a
seguir as determinações do Sistema Financeiro Nacional. Há restaurantes que,
mesmo sendo frequentados por um público de alto poder aquisitivo, sofrem uma
perda de R$ 5,5 mil mensais com aluguel de máquinas e taxas, como é o caso do
Rangetsu, restaurante japonês em São Paulo cuja matriz fica em Tóquio. É
importante salientar que o cenário de abusos de taxas e aluguel de máquinas NÃO
EXISTE nos EUA. A falha está na legislação brasileira, que dá brecha para que
empresas mal intencionadas assaltem o bolso do empreendedor, e
consequentemente, do consumidor.
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