A Grande História da Evolução
Richard Dawkins
Uma viagem ao passado, ao lado de
mamíferos, aves, répteis, anfíbios, fungos, plantas, criaturas microscópicas e
outras espécies. Todos viajam juntamente ao encontro do primeiro ancestral, ao
primeiro grão de areia da existência que pode ser considerado “vida”. Nada
melhor que um trecho do livro para ambientar o leitor:
“Se, como o albergueiro
que retorna, eu refletir sobre toda a peregrinação da qual penhoradamente fiz
parte, minha reação é de um assombro arrebatador. Assombro não só com a
prodigalidade de detalhes que vimos , mas também com o próprio fato de
existirem tantos milhares em um planeta. O universo poderia facilmente ter
permanecido sem vida e simples – apenas física e química, apenas o pó disperso
da explosão cósmica que originou o tempo e o espaço. O fato de a vida ter
evoluído a partir de quase nada cerca de 10 bilhões de anos depois de o
universo ter evoluído a partir de quase nada - é tão espantoso que eu seria
louco se tentasse fazer-lhe justiça pondo-o em palavras. E nem mesmo isso é o
fim da questão. Não só a evolução aconteceu, mas acabou conduzindo a seres
capazes de compreender o processo, e até compreender o processo pelo qual
compreendem.
Essa peregrinação foi uma viagem, não só no sentido literal, mas no sentido da contracultura que conheci quando jovem na Califórnia dos anos 1960. […] Se é deslumbramento que você quer, o mundo real tem o máximo. Pense no cinto-de-vênus, nas águas-vivas migratórias e nos minúsculos arpões; pense no radar do ornitorrinco e no peixe elétrico, na larva da mutuca com aparente antevisão para prevenir-se contra rachaduras na lama; pense na sequoia, pense no pavão, na estrela-do-mar com sua força hidráulica encanada; pense nos ciclídios do Lago Vitória evoluindo não sabemos a quanta ordem de magnitude […] Não só a vida nesse planeta é deslumbrante e profundamente satisfatória, para todos aqueles cujos sentidos não foram embotados pela familiaridade, mas pelo próprio fato que evoluiu em nós a capacidade cerebral de compreender nossa gênese evolutiva redobra o deslumbramento e intensifica a satisfação”. (p. 703)
Essa peregrinação foi uma viagem, não só no sentido literal, mas no sentido da contracultura que conheci quando jovem na Califórnia dos anos 1960. […] Se é deslumbramento que você quer, o mundo real tem o máximo. Pense no cinto-de-vênus, nas águas-vivas migratórias e nos minúsculos arpões; pense no radar do ornitorrinco e no peixe elétrico, na larva da mutuca com aparente antevisão para prevenir-se contra rachaduras na lama; pense na sequoia, pense no pavão, na estrela-do-mar com sua força hidráulica encanada; pense nos ciclídios do Lago Vitória evoluindo não sabemos a quanta ordem de magnitude […] Não só a vida nesse planeta é deslumbrante e profundamente satisfatória, para todos aqueles cujos sentidos não foram embotados pela familiaridade, mas pelo próprio fato que evoluiu em nós a capacidade cerebral de compreender nossa gênese evolutiva redobra o deslumbramento e intensifica a satisfação”. (p. 703)
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