Resolvi citar aqui Carlos Cezar Russo, João Bosco Lodi e Parkinson. Estou cansado de ver isso nos Correios, chefes incompetentes que estão liderando agências sem capacidade nenhuma, sem conhecer todos os procedimentos operacionais e sem valorizar os colaboradores, além de ficarem com inveja e preocupados quando algum subordinado sabe mais que eles (o que não é difícil). Então, agem como se fossem donos da empresa, perseguindo e atrapalhando o trabalho de seus subordinados, fazendo valer uma frase que li dia desses em um livro de humor: "Quem sabe, sabe. Quem não sabe, é chefe".
Esse texto é ótimo, leiam:
Faz tempo que intriga-me a capacidade aparentemente ilimitada dos indivíduos medíocres (não raro, diplomados) em anular indivíduos com talentos, competentes.Isso acontece mesmo nas grandes Organizações. Mas como acontece?
Parece-me que há uma regra: o medíocre com plenos poderes é incapaz de continuar evoluindo, sente-se proprietário de seu cargo, pensa-se, vê-se como dignatário de Potentado, logo, faz com que todos à sua volta pratiquem, ainda que a contragosto, um descenso em seus padrões de conhecimento e eficiência. O medíocre atém-se às suas próprias normas e constantemente humilha os indivíduos talentosos fazendo uso de detalhes insignificantes nos processos de decisões (por exemplo). Assim, os talentosos acabam por adotar comportamentos inferiores aos seus próprios, pior, passam a duvidar da validade da aquisição de Conhecimento e da prática da Educação Refinada, isso quando não sentem-se infantilizados pelo indivíduo medíocre.
Incapaz de evoluir, pela preguiça, pela indolência, porque são necessários esforços intelectuais constantes e a humildade ( ou sabedoria) de rever conceitos e aprendizados, o medíocre, mesmo possuindo pós-graduação, já não está mais interessado ou disposto a despendê-los. Ele prefere auferir vantagens econômico-financeiras imediatas, principalmente sobre os indivíduos talentosos, aos quais projeta a sombra de seu poder intimidatório, nada construtivo. Poder que se torna intimidatório e via de regra conferido por uma Alta Administração ou Governo, obtusos. O medíocre acabará por fazer escola :
"[...] Se o chefe da organização não é dos melhores, tratará de se cercar de empregados que sejam ainda piores; e eles, por sua vez, providenciarão subordinados que sejam piores de todos. Haverá logo uma verdadeira competição de estupidez, em que as pessoas fingem ser ainda mais estúpidas do que realmente são".(1)
A Organização (Estado, Empresa, Sociedade) não sairá incólume desse processo. Mais cedo do que tarde, o indivíduo medíocre porá termo à capacidade de administração da Organização em que trabalha, asfixiando as dinâmicas ou processos das criações de soluções para a Organização. Partirão dele, invariavelmente, medidas estapafúrdias diante de situações de crise nos âmbitos da Administração, Economia, Contabilidade e Governo, tais como : corte do cafezinho, demissão automática de 10% da folha de salários (fórmula mágica preferida do medíocre), reorganizações com base apenas na reformulação do organograma da empresa, projeções de vendas que aumentam sempre 10% (percentual adorado pelo medíocre), redução no custo total de produção em 10%, mesmo ignorando estudos contrários etc.
(1) João Bosco Lodi e Parkinson
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