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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

#365Livros - #Livro289 - UM GATO ENTRE OS POMBOS


Um gato entre os pombos
Agatha Christie

O trabalho de um escritor, mais do que simplesmente escrever, é transmitir sua maneira de pensar, suas ideias, ainda que, muitas vezes, disfarçadas sob histórias de ficção. Não há um escritor que não se inspire em predecessores. Jo Rowling, por exemplo, transborda suas principais inspirações em sua maneira de escrever: Tolkien, Lewis, Dickens e outros mais, são inspirações presentes em seu estilo de escrever, não só e HP mas também em seus romances posteriores. Agatha Christie lia, além de Lewis e Dickens (Tolkien era seu contemporâneo, e LOTR nem existia na época de Agatha), Allan Poe, Doyle, Julio Verne e Alexandre Dumas, além de muitos outros, evidentemente. Sua irmã, Madge, era sua companheira de leitura de histórias de detetive. Essas influências são visíveis em seu trabalho também, o longo caminho percorrido até Agatha criar Hercule Poirot, presente em pelo menos 30 das mais de 80 obras policiais de Agatha.
O estilo policial lógico dedutivo semeado por Poe e regado por Doyle foi colhido por Agatha, independente de seu protagonista, Agatha enfatiza que pensar com lógica é muito mais útil do que sair correndo atrás de pistas. As “células cinzentas” de Poirot viraram um chavão na literatura da escritora, e assim Poitor trabalha, como nas obras dos dois escritores anteriormente citados, resolvendo o que a policia não consegue descobrir. Em Um gato entre os pombos, a policia britânica segue as pistas das jóias despachadas por um príncipe árabe que morre num acidente de avião. As pistas levam a um colégio interno para moças, Meadowbank, onde estuda a noiva e prima do príncipe. Quando mais nenhuma pista leva a lugar nenhum, Poirot entra em cena. E assim como Sherlock Holmes, mostra que a inteligência é maior do que a força do poder.

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