Submarino

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sábado, 7 de setembro de 2013

À procura de uma pátria

Quando comecei a pensar em que escreveria sobre esse dia, só me veio desgosto e desânimo em meu coração. A decepção é um dos piores sentimentos que podemos ter, e é a ÚNICA, repito, é a ÚNICA coisa que consigo sentir pelo Brasil. Decepção.



(Créditos de todas as imagens acima: Brasil é hora de acordar)




Se tanto mal falo deste país, é justamente porque queria, e quero, que ele seja melhor. Queria ter orgulho de ser daqui, queria nutrir algum sentimento de esperança por este país. Mas não tenho, sinto apenas desânimo e decepção, por um país que nutre a burocracia e a desesperança, que carrega soberbamente a capacidade de encobertar a corrupção, que insiste em manter uma constituição frouxa, um código penal patético. Quanto a Trindade Social, Saúde, Educação e Segurança, não preciso falar nada. E um povo bunda que insiste em achar este um país maravilhoso.
Maravilhoso aonde, caralho? O que tem de maravilhoso aqui? As belezas naturais, a cultura, o povo? Desculpa! Desculpa disparatada para um país que não se sustenta, que não respeita seu povo e seu território! Estou cansada, estou de saco cheio.


Enquanto minha avó agonizava em um hospital público para poder fazer exames, porque a patética aposentadoria dela e de meu avô evidentemente não permitem pagar um exame complexo no Brasil, políticos pelo país recebem seus salários milionários. Enquanto eu, o Marvin, você, e tantos de nós, estamos presos na corrida dos ratos para tentar ter alguma dignidade, políticos roubam e não são punidos. O brasileiro não acordou e não vai acordar. Penso que os poucos gritos que se ouvem são em vão.

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