Pedagogia do
oprimido
Paulo Freire
Escrito em 1968,
em seu exílio no Chile, e lançado no Brasil em 1974, após 6 anos de censura,
Pedagogia do Oprimido inaugura a trilogia “Pedagogia” de Freire. Afinal, não
importa a área do professor, ele é, por força da profissão, um pedagogo. Tido
por algumas de minhas colegas como um livro “não tão bom quanto os outros
dois”, este talvez seja o melhor livro de Freire, o mais profundo. Seu título
já é uma pedrada, afinal, a opressão é algo que se vive todo dia, em uma
sociedade que prendeu o ser humano na corrida dos ratos. A educação, que
deveria constituir elemento libertador da opressão, muitas vezes se torna a
própria opressora. Freire apresenta os conceitos da Ação educadora dialógica,
através do qual somente o diálogo pode formar cidadãos conscientes, a educação,
centrada no cotidiano do aluno, como enfatiza o método educacional de Freire,
deve ser instrumento de libertação, libertação da “Educação bancária”, outro
conceito de Freire, relacionado à educação opressora que por vezes se manifesta
nas escolas. Com suas palavras fortes e claras, Freire enfatiza aquela verdade
obvia, que enfatizou sua vida toda, mas que o Brasil recusou-se a aprender.
Somente a educação a educação libertadora, transforma uma pessoa, um povo, em
algo melhor.
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