(edição "definitiva" da Panini, maravilhosamente ilustrada por quatro desenhistas diferentes, cada um para um "livro")
Os livros da magia
Neil Gaiman
Quando as
tsunamis invadiram a internet, questionando se Harry Potter seria um plágio de
Os livros da Magia, o grande Neil Gaiman foi enfático: “Alguns idiotas
processaram J.K. Rowling (ninguém os contou sobre os Livros da Magia, ou eles
me processariam também). Não que eu esteja sugerindo que Tim Hunter seja igual
a Harry Potter. Eu nunca acreditei que ela [J.K.] os tenha lido. Só estou
dizendo que esses idiotas poderiam me processar também.” Segundo o Potterish,
uma seguidora de Gaiman lhe mandou a seguinte mensagem, nessa ocasião: “Sempre
considerei muita generosidade de sua parte não ter processado Rowling por
plagiar os Livros da Magia”. E Gaiman foi certeiro: “Eu nunca achei que ela
tenha plagiado”.
Tudo isso porque
Os livros da Magia trazem um garoto de óculos e uma coruja no ombro, que é
guiado por quatro grandes “magos” pelos reinos da Magia. Hoje, depois de ler Os
livros da Magia (presente do Marvin, não tenho como lhe agradecer), posso dizer
que as semelhanças entre a história de Gaiman e a de J.K. Rowling acabam aí.
Muito mais sombrio e profundo – não que HP não seja – Gaiman trás uma reflexão
marcante sobre a verdadeira magia do mundo, a capacidade de decisão do ser
humano, em uma história impossível de deixar de lado sem a vontade de saber o
que se passa na próxima página. Levado para desvendar o profundo universo dos
Sonhos, do passado e do futuro, Tim Hunter, o adolescente que vivia em calmaria
com seu skate, descobre que nosso mundo é só uma faceta do Universo, tal qual
as dimensões citadas por Carl Sagan, nosso mundo “real” é apenas uma das
dimensões que conseguimos enxergar. Tim tem quatro “tutores”, Estranho, John
Constantine, Oculto e Mister Io, cada qual com seu estilo, sua personalidade,
guiam Tim pelo desconhecido, enquanto impedem que o garoto seja assassinado.
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