Hoje, 18 de abril, é dia nacional do livro infantil, uma homenagem ao escritor Monteiro Lobato, que nasceu nesta data, em 1882. Queria falar algo sobre este dia, que estendo como homenagem a toda a literatura, porque amo ler, meus livros - e os emprestados, que já me fizeram companhia - são amigos que nunca me falham, são companhia para toda vida.
Na minha adolescência, li muitos clássicos. Foi a época de ler Machado de Assis, José de Alencar, Victor Hugo, Eça de Queiroz, Lima Barreto, Érico Veríssimo e tantos outros clássicos, muitos dos quais nunca mais li e talvez nunca mais lerei. Com o tempo, afinei minha leitura com outros estilos, como a fantasia, a ficção científica, os livros de religião e de história, que adoro. Sou uma leitora bem variada, são poucos os gêneros que não me agradam, os quais posso citar a auto-ajuda, os romances românticos, os YA (young adults, livros como os de John Green por exemplo) e os espíritas.
Gosto de muitos autores e livros, iniciei uma "pequena" lista de meus autores preferidos, mas não consegui concluir, porque é muita gente e muito livro! Aqui, poderia citar pessoas que formaram minha criticidade literária, como J. K. Rowling, Tolkien, George Orwell, Bernard Cornwell, Douglas Adams, Isaac Asimov e tantos mais. Mas, tem dois escritores, em particular, que conheci em minha adolescência, e, 12 anos depois, permanecem firmes em meu coração, formaram meu "caráter literário".
Uma é minha querida Agatha Christie. Com oitenta romances policiais, dos quais eu já li uns cinquenta, é minha autora favorita, com sua originalidade para falar de crimes, com seu detetive perfeito, o pequeno grande Hercule Poirot, Agatha entrou em minha vida cedo, e não vivo sem ela. Gosto do suspense policial, da curiosidade para descobrir o assassino, gosto de apreciar sua maneira de revelar a verdade ao leitor, soltando situações aparentemente sem importância nenhuma na história, mas que se revelam informações cruciais para descobrir o mistério. Sua perspicácia para escrever era brilhante, ela era incansável, escreveu até morrer.
O outro autor que é muito especial para mim, e finalmente poderei conhecê-lo, e hoje, é Luis Fernando Veríssimo. Também comecei a ler sua obra muito cedo, e o que mais admiro nele é sua maneira totalmente original de falar de coisas absolutamente comuns. As situações que ele narra em suas crônicas podem acontecer com qualquer um de nós (quem nunca encontrou alguém que te parou e disse: "Está se lembrando de mim?" e você definitivamente não lembra da pessoa!), mas o rumo que elas tomam são tão hilários que chegam ao nonsense. Parando para pensar um pouco, acho que o humor de Veríssimo lembra o humor de Monthy Phyton, o grupo britânico de humor que eu e milhões adoramos.
Hoje estarei no 2° salão do livro, aqui na minha cidade, e Veríssimo é convidado de honra. Daqui a algumas horas, poderei vê-lo falar, e tentar pegar um autógrafo, e dizer o quanto o admiro. Será um dia inesquecível para mim, que amo leitura, que amo livros, que gostaria de ter mais um pouco de tempo para ler, que percebi, desde cedo, como a leitura é importante, e que tive minha vida mudada pelos livros.
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