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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A Sétima Extinção

Desde que o primeiro organismo vivo surgiu neste planeta, essa esfera azul suspensa no nada já sofreu cinco grandes extinções, todas causadas por derretimento de geleiras, aumento do nível dos oceanos, erupções vulcânicas e asteroides.

A primeira grande extinção ocorreu na transição do período Ordoviciano para o Siluriano há cerca de 440 milhões de anos atrás. Movimentos geológicos derreteram as geleiras e o nível dos oceanos subiu, causando um desequilíbrio na vida marinha e matando 60% de suas espécies.

A segunda foi há 360 milhões de anos, no período Devoniano. Uma nova glaciação voltou a reduzir o nível dos mares e a temperatura. 70% das espécies de águas quentes desapareceram e os corais sofreram grandes mudanças. A causa dessa mudança climática ainda é desconhecida.

Entre os períodos Permiano e Triássico, há 250 milhões de anos, o impacto de um asteroide na Terra eliminou 95% das espécies. Alguns cientistas afirmam que - em vez do asteroide - pode ter sido uma grande erupção vulcânica que reduziu os níveis de oxigênio na Terra. Essa foi a terceira grande extinção.

A quarta extinção foi causada por um vulcão poderoso (ou Hércules!) que causou a divisão do supercontinente Pangeia há 210 milhões de anos, entre os períodos Triássico e Jurássico. Dá pra imaginar o estrago que isso fez na vida na Terra.

Entre os períodos Cretáceo e Terciário, há 65 milhões de anos atrás, os dinossauros encerraram seu reinado no planeta. O impacto de um asteroide, que causou uma grande cratera na Península do Yucatan, eliminou os poderosos répteis. Essa foi a quinta grande extinção, fechando o ciclo conhecido como "The Big Five".


Atualmente, a grande degradação ambiental causada pela espécie humana - que teima em se achar superior aos animais, esquecendo que é apenas mais uma espécie - tem impactado profundamente a fauna e a flora, mas principalmente os oceanos. Pesquisadores da Universidade de Connecticut têm alertado sobre o perigo da extinção dos grandes animais marinhos. Um exemplo disso é a poluição da Baía de Guanabara no Rio de Janeiro, onde há alguns anos atrás era possível ver famílias de golfinhos nadando ali, mas hoje, resta a penas a sujeira no mar. A poluição dos oceanos, se continuar desenfreada, causará a sexta grande extinção, a extinção da vida marinha.

Após a sexta grande extinção, que infelizmente tudo indica que vai ocorrer, uma outra espécie será extinta na sétima e última extinção(ao menos para nós será a última): a própria humanidade. A poluição dos lençóis de água, o derretimento das geleiras, a poluição do ar, a destruição da camada de ozônio, o lixo não tratado, a liberação de gases tóxicos por indústrias e veículos, tudo isso está criando uma ambiente inadequado, no qual a natureza será obrigada a retomar as rédeas e eliminar a principal causa do problema: a espécie humana. O homem não entendeu ainda que não é a Terra que será prejudicada com sua ignorância. Muitas espécies morreram e morrerão devido ao comportamento humano, mas o planeta não sucumbirá. Seremos nós mesmos o alvo de toda a ganância humana, de toda a poluição e desmatamento desenfreado. O planeta vai se recuperar e novas espécies surgirão, mas toda espécie que se comporta como um câncer será eliminada, para que a vida em sua totalidade tenha equilíbrio. Pagaremos caro pela nossa ignorância se não mudarmos nosso comportamento.

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