A OMS afirmou que o surto de Ebola que está assolando a
África Ocidental vai precisar de meses de vigilância internacional. A Nigéria é
o terceiro país a declarar estado de emergência por causa do vírus, depois de
Serra Leoa e Libéria.
O surto teve início em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri,
região de fronteira entre Libéria e Serra Leoa, e até agora, o problema tem
crescido de maneira que a OMS não tem como controlar. A mobilidade
internacional é o maior problema.
O médico Kent Brantly, americano que trabalhava no Oeste da
Africa, foi infectado, mas já apresenta melhoras.
A missionária congolesa Chantal Pascaline, que trabalhava na
Libéria, contraiu o vírus e veio a falecer no sábado, dia 09 de agosto, no
Hospital São José de Monróvia.
Nas duas últimas semanas, a Organização Médicos sem
Fronteiras (MSF) já tratou mais de 70 pessoas no leste de Serra Leoa, mas a
preocupação são os casos escondidos, e a organização espera a conscientização
da população, para que haja possibilidade de controlar o problema.
A doença, conhecida como Febre Hemorrágica Ebola, é
provocada pelo vírus Ebola (nome de um rio na República Democrática do Congo),
e seus sintomas tem início aproximadamente duas semanas após a infecção: febre,
dores musculares, dores na garganta e cabeça, náuseas, vômitos, diarreia,
insuficiência hepática e renal. Em fase mais avançada, também é possível haver
casos de hemorragia.
A propagação se dá quando uma pessoa entra em contato com o
sangue ou fluidos corporais de outro ser humano ou animal infectado, como os
macacos ou morcegos. Não existe tratamento específico, e a doença possui
elevada taxa de mortalidade – 90%.
A única forma de prevenção é a higiene pessoal e evitar o
contato com secreções corporais de um infectado. A quarentena das áreas onde a
doença já se espalhou tem se mostrado eficaz no controle e na redução da
velocidade de propagação do vírus.
O vírus foi descoberto em 1976 pela equipe de Guido Van Der
Groen, chefe do Laboratório de Microbiologia do Instituto de Medicina Tropical
de Antuérpia, na Bélgica.
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