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domingo, 11 de abril de 2010

Prelúdio de Tempestade


               Todas as crises pelas quais a economia mundial já passou ocorreram após um período de tempo no qual era possível sentir a pressão, era possível sentir que algo estava no limite, prestes a estourar. E agora, após um certo "crescimento" da economia brasileira, após uma certa estabilidade econômica, estamos (eu pelo menos) sentindo a pressão novamente. Algo está errado, algo está no auge. Até com as grandes guerras foi assim. Antes da 1ª guerra mundial, a Europa estava como uma panela de pressão sem vávula de escape. Todas as potências emergentes sabiam que cedo ou tarde essa "bomba" explodiria. E a economia está assim. O brasileiro ganha muito menos que o europeu e gasta muito mais. O dólar está estável, o euro tambem. A bolsa de valores está aberta há muito tempo para pequenos investidores, o mundo mudou. Qualquer um que tenha uma conta corrente e R$ 200,00 em caixa pode se cadastrar numa corretora e operar atrvés do home broker. E todas essas facilidades fazem com que a economia se torne cada vez mais "global e abrangente" e consequentemente mais suscetível a abalos. Sabe aquele silêncio que preludia grandes tempestades? Pois é. Minha intuição diz que algo vem ai, talvez com as eleições, talvez com o atrito entre EUA e Coréia, crise européia... Não sei. Você sabia que o dinheiro de plástico (cartão de crédito) movimenta três vezes mais dinheiro do que o que realmente existe? Por isso há tanta gente endividada, usando um cartão de crédito pra pagar outro. Nós não aprendemos mesmo... vivemos de aparência, somos o que temos e vestimos, e isso está longe de mudar, porque o brasileiro não valoriza conhecimento nem informação, e sim, aparência.

               A economia é como um cobertor curto, nunca se ajusta às nossas necessidades. Mesmo que todos estejam empregados em um país, isso ainda gerará um desequilíbrio, pois o poder de compra aumenta devido à renda dos cidadãos. Com o aumento da demanda, as lojas precisam vender mais, as fábricas precisam produzir mais, e os preços sobem. Quando isso acontece, vem o governo e aumenta a taxa de juros, pra dar uma segurada no dinheiro e tentar retrair o poder de compra. Com o aumento dos preços e dos juros, a demanda cai, e ocorre um excesso de produtos no mercado, sem ninguem para comprá-los. O que ocorre então? Os preços caem, as demissões acontecem. Com as demissões, o dinheiro some do bolso do consumidor e o processo gira para o outro lado. Como podemos ver, não há e nunca haverá equilíbrio.


               A inflação vem dai, é a queda do poder de compra do dinheiro. Um bom exemplo disso ocorreu na Alemanha. Entre janeiro de 1919 e novembro de 1923, o índice inflacionário alemão variou em um trilhão por cento (1.000.000.000.000%). Foi a pior inflação da história, o povo chegou a usar o dinheiro como lenha, queimando-o em lareiras para aquecer-se contra os rigorosos invernos. Tudo isso deve-se ao Tratado de Versalhes imposto pelos países vencedores da I Guerra, que acabou com sua infra-estrutura e aniquilou sua economia, sem contar com a destruição causada pela guerra.

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