Tudo que está na moda sempre foi visto por meus olhos com preconceito e ceticismo. Entretanto, a primeira vez em que ouvi falar que o ano de 2012 seria histórico e trágico foi há uns cinco ou seis anos atrás, quando um maluco (?) chegou num programa vespertino de reputação duvidosa afirmando que o ano de 2012 seria marcado por uma mega enchente. O cidadão trazia um mapa assustador, que mostrava (entre outras aberrações) a Austrália reduzida pela metade, Grã Bretanha e Japão totalmente cobertos pela água e o mar na altura de Brasília. Procurei referências na internet, mas na época não achei nada. Há um ou dois anos atrás (perdoem minha memória, não é fácil vagar viver tomando antidepressivos, eles acabam com você) assisti o ótimo filme Número 23, que traz em sua abertura coincidências macabras relativas ao número, entre elas a de que, segundo cálculos maias, a grosso modo, o mundo acabaria em 23 de dezembro de 2012. Neste ano que trabalhei nesta empresa (ECT) conheci Marvin e discutimos o assunto muito antes do filme “2012” dar as caras. E agora a pergunta se repete – O que vai acontecer em 2012? Falei tudo isso porque até seis ou sete meses atrás acreditava, sim, que algo atingiria nosso planeta. Porém, agora que leigos e sábios, fúteis e úteis sabem da história de 2012, acredito que realmente é mais um blefe da história. Entretanto, lendo (nesse instante em que parei pra escrever) uma edição da Superinteressante, algo me passou pela cabeça. Ouvi dizer em algum lugar do qual não me recordo que a profecia Maia não se referia exata e literalmente sobre o fim do mundo, mas sim ao fim de um ciclo, um período de transformação em nosso planeta. E com certeza, a descoberta de que há vida inteligente fora da Terra realmente seria o fim de um ciclo e uma senhora transformação no mundo e em cada um de nós.
Observando e analisando as descobertas astronômicas é realmente estarrecedor que, entre bilhões e trilhões de mundos, somente nós, jogados aqui na periferia da periferia, seríamos agraciados com a bênção da vida, parafraseando Carl Sagan. E, como sempre disse, quanto mais você pensa, mais aberto a inúmeras hipóteses você fica. Saber se há ou não vida lá fora é uma resposta que somente teremos se existir essa vida, e se nós a encontrarmos, ou se formos encontrados por ela... há quem veja essas questões com ceticismo, há quem veja com misticismo. Eu simplesmente vejo. Não me preocupo, não tomo partido, mas se existo, eu penso. E pensando nisso vejo que é mais provável que exista do que não. E 2012 pode ser marcado não por uma tragédia ambiental, mas pelo encontro indiscutível com uma civilização sempre imaginada mas nunca analisada.
Visualizem... imaginem... ou tentem... seria um marco, uma verdadeira revolução, onde pela primeira vez nosso planeta seria mesmo um só, onde enfrentaríamos juntos o desconhecido. Analisem friamente! Não é ficção ou imaginação de minha parte, é análise clínica. Vocês acham absurdo ou impossível uma civilização extraterrena ser encontrada ou nos encontrar de maneira que Governo nenhum possa escondê-la, e o fato se alastre??? Vocês acham absurdo que uma civilização exoterrena exista??? Por isso digo: De maneira alguma é absurdo. Para os irredutíveis: Existe alguma referência bíblica que AFIRME que não existe vida exoterrena?
Um fato como este causaria um impacto sem proporções em nossa vida, tenham certeza disso. E os valores éticos, científicos e religiosos seriam reanalisados. Como imaginar a Verdade chegando também a seres alienígenas? Como ver esses seres? Como classificá-los, tratá-los? Parafraseando o filme SINAIS: "E se forem hostis?"
São questões que deveremos nos impor no momento correto. Nossa mente nos foi dada para fazermos análises, e não há nada que seja imune à nossa ínfima, porem gloriosa inteligência. Talvez a tão grande revolução de 2012 seja essa. Ou talvez, com tanto alarde, a revolução de 2012 passe despercebida. Algo pode acontecer sem ser notado, ou pior, pode ser visto, mas não entendido. Qualquer coisa, de qualquer âmbito, pode acontecer em nossa frente em 2012, e nós, ignorantes e auto-suficientes, nem repararmos seu significado. E quando repararmos, talvez seja tarde.
(W. Potter)
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