Submarino

Páginas

domingo, 20 de dezembro de 2009

Colonialismo Cultural

                    Vocês já ouviram falar nisso? Geralmente este termo é aplicado às mudanças culturais que nos são impostas por outros países que na atualidade estão na crista da onda. Um exemplo, a língua inglesa. Ouvimos sempre “o brasileiro precisa falar inglês! Quando os turistas vêm pra cá, precisamos tratá-los bem e comunicarmo-nos com eles em sua própria língua!” E muitas outras coisas assim acontecem. A moda ditada pela França, os pratos internacionais que os ricos consomem em restaurantes caríssimos. Tudo nos é imposto e aceitamos isso, caso contrário, ficamos “por fora” do momento.
                    Mas será que colonialismo cultural vem só de fora do país? Os regionalismos não são colonialismos culturais? Por exemplo, eu não sou gaúcho, não tenho a mínima vontade de ser, mas meus conterrâneos lageanos morrem de vontade de nascer de novo em Porto Alegre ou em qualquer outra cidade do Rio Grande do Sul. É-nos imposta a cultura gauchesca, vejo homens “piuchados” que nunca sequer montaram um cavalo, e não sabem que esse tipo de roupa é pra lida campeira, e não pra desfilar num centro urbano. Vou vestir um traje de caça submarina e vou sair fazer compras... nem todos “adoram” o som de uma gaita, nem todos querem esquecer sua origem e adotar uma nova naturalidade. Por favor, nos respeitem e não nos empurrem seus costumes, suas músicas, seu linguajar campeiro, eu vivo entre prédios e calçadas, e não entre cavalos e galpões. Mesmo aqui em Lages ainda acho que nasci no lugar errado, pois não posso ouvir um jazz, um reggae, um blues, um rock ou qualquer outro som parecido e sou criticado. Há artistas que morrem de vontade de fazer o que sabem na guitarra, mas como isso não é reconhecido e não dá dinheiro, apelam pra música sertaneja ou qualquer outro estilo. Eu morro tocando guitarra com um fone de ouvido pra não ser incomodado, mas não abro mão de ser eu mesmo. A arrogância de certos gaúchos nos afronta. Podem dizer que estou criticando, mas não, estou me defendendo, pois ouço música gaúcha ao redor de minha casa o dia inteiro, mas basta eu ouvir rock pra ser criticado. Se não sabem, há uma fronteira entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sei que 90% da população catarinense queria que esta fronteira não existisse, mas existe, e preciso que seja respeitada.


“A minha guitarra é minha razão”

2 comentários:

Anônimo disse...

muito bom velhinho;sou paulista e nem por isso gosto de poluiçao......

Anônimo disse...

Fantastic! Mensagem Nice, sind meine Blog número 1!
diablo 3 gold