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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

#365Livros - #Livro17 - OS MISERÁVEIS




Os Miseráveis
Victor Hugo

Dorme. Viveu na terra em luta contra a sorte
Mal seu anjo voou, pediu refugio à morte
O caso aconteceu por essa lei sombria
Que faz que a noite chegue, apenas foge o dia.

Aos 16 anos, eu tive a felicidade de agarrar com unhas e dentes este livro, da prateleira de literatura francesa da biblioteca pública, e tive a mais triste e maravilhosa leitura da minha vida, tão maravilhosa que me fez memorizar para sempre, em minha mente e em meu coração, o trecho acima. Eu poderia passar uma semana escrevendo o que Victor Hugo e Os Miseráveis representam para a literatura – e para mim – e não conseguiria, tamanha sua grandeza, sua profundidade, capaz de tocar a mente e a alma, com sua critica dura à sociedade francesa do século XIX, circundada pela era Napoleônica, e a profundidade dos dramas vividos pelos personagens, tão reais até hoje. Hugo escreveu esta obra magnífica simultaneamente em Milão, Roterdã, Budapeste, Paris, Leipzig e Bruxelas. A vivência do escritor acompanhava sua vida perturbada, mas de maneira alguma apaga a grandiosidade do seu legado – Hugo também é autor de O Corcunda de Notre Dame. Imagine-se condenado à cinco anos de prisão por roubar um pedaço de pão para sua irmã e seu sobrinho que passam fome. Mais atual impossível. Diante do desespero, Jean tenta fugir, e sua pena aumenta vertiginosamente. Graças à bondade do bispo Myriel, Jean encontra abrigo após finalmente sair da cadeia. A saga de Valjean segue pela França, fugindo do maldito Javert – sinto raiva só em pronunciar seu nome – até que seu destino se cruza com o de Fantine e Cossete, e uma nova história se desenha. Chorei muito ao terminar de lê-lo, e ainda me emociono ao lembrar deste livro.

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