Surge no cenário mundial a República do Sudão Meridional, em nove de julho de 2011, dia de sua independência. A região obteve autonomia concedida pelo governo Sudanês através do Tratado de Naivasha, assinado em nove de janeiro de 2005 com o Exército Popular de Libertação do Sudão, numa tentativa de parar a segunda guerra civil sudanesa. O Novo Sudão, como também é chamado, surge como um dos países mais pobres do mundo, onde 73% da população é analfabeta, apenas 5% da população tem acesso à energia elétrica. A água tratada atinge somente 55% da população e a rede de esgotos, apenas 20%. No país todo, há apenas 60 km de asfalto. O resto são ruas de terra batida e algumas ruas pavimentadas na capital, Juba. De cada 1000 crianças que nascem, morrem 102. Muitos dos refugiados que fugiram durante a guerra civil estão agora retornando, tornando pior ainda a situação do país. Apesar de possuir 75% das reservas de petróleo do antigo Sudão, não há muito que ser feito, pois os portos e os oleodutos ficaram ao norte.
Na minha mania de duvidar de tudo, imagino que não foram as boas intenções e o desejo de liberdade que levaram os líderes do Sudão do Sul a proclamarem esta “independência”. Tem alguém ganhando com isso. Essas regiões petrolíferas sempre se tornam alvo de guerras e disputas movidas pela cobiça humana. Logo este país miserável que surgiu agora estará recebendo “ajuda humanitária” de outros países mais fortes e preocupados com a “liberdade e dignidade” do povo sudanês, mas também de olho em todo este petróleo que está ali sem condições de ser extraído e transportado. Não existe bondade, existem apenas desculpas para a bondade, esperando sempre algo em troca. É assim que caminha a humanidade.
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