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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Qual o Caminho? (Wanessa Potter)

                    Uma grande preocupação abala minha mente. Afinal, como falar de algo que eu mesma preferiria que não fosse falado? O fato é que existem tantas religiões no mundo e tantas maneiras de encarar o sobrenatural que você se pergunta: qual o caminho correto? Sim, porque de uma maneira ou outra, as visões das religiões se chocam. Você não pode dizer que é católico e crer totalmente nos preceitos judeus, que negam Cristo como Messias. Minha intenção aqui não é ofender ninguém, independente da visão de cada um, todos devem ser respeitados. Isso não tem mistério ou dificuldade para mim. Meu problema é me encontrar, e tentar entender porque existem tantas crenças diferentes. 
                    Talvez isso eu nunca entenda. O ser humano é tão inteligente, foi tão abençoado por Deus com uma mente criativa e abundante de idéias que seria natural mesmo que as pessoas encarassem a divindade de maneiras diferentes, da mesma forma como existem vários tipos de músicas, literaturas. A cultura e mente humanas é incrivelmente ampla. Mas e eu? Talvez muita gente se identifique com minha luta espiritual. Sou cristã. Creio que Jesus é nosso Senhor. Sou católica, entretanto, com cada vez mais conhecimento, e o conhecimento é dom de Deus, fico cada vez mais chocada com as aberrações que vou descobrindo da minha igreja, ao mesmo tempo em que vejo tanta gente dentro dela. Não conseguiria ser protestante. Amo Maria e creio na eucaristia. Isso já é suficiente para renegar o pentecostalismo. Ainda assim, será que devo declarar que pertenço a uma igreja que me envergonha cada vez mais? Repito, não quero ofender ninguém, quero abrir minha mente e dialogar. Alguns podem julgar que seja falta de firmeza de minha parte, as vezes eu até penso assim, mas pode ser também que por eu ser uma pessoa que respeita todas as formas de pensar, me questiono demais, mesmo tendo opinião formada. Ouço pessoas de grande credibilidade defender a nova igreja católica, que de fato existe, pelas mãos exatamente daquelas pessoas que falei, pessoas boas que estão dentro de uma igreja de passado negro.
                    Por outro lado, vejo o fervor tão grande dos protestantes, e me pergunto quem está com a razão. O que mais me choca é a briga “boba” que questiona se para se salvar basta a fé ou a fé precisa das obras. Ora, se você é um bom cristão você porá em pratica sua fé, essas são as obras. Uma é a conseqüência da outra. É quase inverossímil um verdadeiro crente mau... é uma discussão sem fundamento, no entanto ela existe. São essas coisas tão pequenas que me deixam triste. Deus nunca quis isso, Deus quer uma humanidade unida. Isso provavelmente só ocorrera quando o ser humano alcançar um grau de elevação espiritual muito superior – dêem a isso o nome de apocalipse, armagedom, nova era, ragnarok ou o nome que quiserem. As vezes, tenho vontade de abandonar qualquer forma de igreja, afinal minha fé não depende de paredes, mas, afinal, Jesus veio para fundar uma igreja... mas será que todas essas que vemos são a igreja que Jesus queria?


                    Enfim, deixo aqui meus questionamentos. Espero que ninguém me entenda mal, respeito todo e qualquer tipo de crença, sou apenas uma pessoa em busca do Caminho. E acho que a melhor maneira de encontrá-lo é viver em harmonia. Deixo meu email, seja você padre, pastor, rabino, crente, ateu. Fique a vontade.


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