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terça-feira, 9 de agosto de 2011

66 anos de bomba atômica - parte II

Kokura.
Kokura estava condenada.
Por um capricho do destino, da natureza, de Deus, seja lá de quem for, Kokura foi salva.
E outra cidade foi condenada.
Encontrando Kokura encoberta por nuvens, o Major Charles W. Sweeney, já com pouco combustível no avião, partiu em direção ao plano B, por sinal, a maior comunidade cristã do Japão.
Na manhã de 9 de Agosto de 1945. Cerca das 07:50 soou um alerta de raide aéreo na cidade, mas o sinal de "tudo limpo" (all clear, em inglês) foi dado às 08:30. Quando apenas dois B-29 foram avistados às 10:53, os japoneses imaginaram que os aviões se encontravam em missão de reconhecimento, e nenhum outro alarme foi dado.
Alguns minutos depois, às 11:00, o B-29 de observação, baptizado de The Great Artiste (em português "O Grande Artista"), pilotado pelo Capitão Frederick C. Bock, largou instrumentação amarrada a três pára-quedas. Esta continha também mensagens para o Professor Ryokichi Sagane, um físico nuclear da Universidade de Tóquio que tinha estudado na Universidade da Califórnia com três dos cientistas responsáveis pelo bombardeamento atómico. Estas mensagens, encorajando Sagane a falar ao público acerca do perigo destas armas de destruição maçica, foram encontradas pelas autoridade militares, mas nunca entregues ao académico.
Às 11:02, uma aberta de última hora nas nuvens sobre a cidade permitiu ao artilheiro do Bockscar, Capitão Kermit Beahan, ter contacto visual com o alvo. A arma Fat Man, recheada com plutónio-239, foi largada sobre o vale industrial da cidade. Explodiu 469 metros sobre o solo, a cerca de meio caminho entre a Mitsubishi Steel and Arms Works (a sul) e a Mitsubishi-Urakami Ordnance Works (a norte), os dois principais alvos na cidade. De acordo com a maior parte das estimativas, cerca de 40.000 dos 240.000 habitantes foram mortos instantaneamente, e entre 25.000 a 60.000 ficaram feridos. No entanto, crê-se que o número total de habitantes mortos poderá ter atingido os 80.000, incluindo aqueles que morreram, nos meses posteriores, devido a envenenamento radiativo.
Um relato japonês do bombardeamento descreveu-a como "um cemitério sem uma única lápide de pé."
Kokura foi salva. Em seu lugar, uma cidade-irmã de Santos, no Brasil, foi condenada.
Nagasaki.

A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima após a queda da Little Boy



Panorama do monumento que marca o hipocentro, ou marco zero, da explosão da bomba atômica sobre Nagasaki.
Marco zero da explosão da bomba, em Nagasaki.

Fonte: pt.wikipedia.org

Que os erros do passado não se repitam.

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