#142 – 21/05/16 – “Monte Castelo”
Composição: Renato Russo
Interpretação: Legião Urbana
A batalha de Monte Castelo foi um dos conflitos decisivos da
Segunda Guerra Mundial. Travada no monte homônimo, arrastou-se por três meses e
marcou a presença brasileira na guerra, cujas baixas, mas também "vitórias",
foram consideráveis. A citação a Monte Castelo em sua canção homônima marca a
sagacidade de Renato Russo, ao fazer uma referência antagônica, pouco comum na
música. Lançada em 1989, no disco As Quatro Estações, a canção Monte Castelo usa os
versos de Camões e da primeira carta de Paulo aos Coríntios para falar do maior
tesouro que o ser humano possui. Batizar a canção que fala de Amor, Amor Ágape,
em toda a sua plenitude, com o título de uma batalha, da expressão total do
desamor humano, nos faz refletir sobre a que ponto chegou a “humanidade”, que
não tem amor nem por si mesma, nem pelos outros seres, nem pelo mundo, onde se
mata por dinheiro, por religião, por ódio, por raiva, por qualquer coisa fora
dos eixos. A humanidade perdeu o Amor, e sem o Amor ela não é nada.
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria...
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece
O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
Ainda que eu falasse
A língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria...
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