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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Ser comunista

Se ser "comunista" é se importar com os menos favorecidos, lutar por salários justos e reconhecimento por parte dos empregadores, cobrar uma educação libertadora e que ensine as crianças a pensar, se ser comunista é reconhecer os erros do Brasil na história e evitar repetí-los, se ser comunista é entender que são os trabalhadores que sustentam a indústria e não o contrário, se ser comunista é querer que o Estado interfira na economia para equilibrar a balança, se ser comunista é entender que lugar de militar é na caserna e não nos ministérios - pois o papel do militar não é a política - se ser comunista é entender que eu sou importante como trabalhador e mereço educação, salário justo e reconhecimento, então eu sou comunista. 

Esta é minha última tentativa com os alienados do bolsonarismo. Bolsonaro não é direita. Não é extrema direita. Bolsonaro já virou culto. Vocês taxam de comunista qualquer um que se oponha ao paraquedista presidente, mas direita e esquerda são necessários. É alternância. Só uma ditadura têm uma única opinião. 

Eu sou adepto do Keynesianismo, que os bolsonaristas nem sabem o que é. A teoria de Keynes salvou os EUA após a crise de 1929. É a intervenção estatal na economia quando necessário, o que evita sonegadores e malandros como o dono da Havan - negando sua dívida do INSS - e o presidente do Bradesco, que está forçando a reforma da previdência por interesses da instituição. Mas pra quem votou no Bolsonaro, sou comunista e marxista, ideologias que eles também nunca estudaram e não sabem explicar.

domingo, 7 de abril de 2019

Fascismo e Nazismo

Atualmente se discute muito sobre a origem do fascismo e do nazismo, e muito do que se fala não tem embasamento histórico. Foi pensando nisso que resolvi esclarecer de vez as origens dessas duas malditas ideologias que tanto prejudicaram os povos submetidos a elas e tantas mortes causaram na história da humanidade.

O FASCISMO surgiu na Itália, no início da década de 1920, quando vários problemas - principalmente de ordem econômica - ocorriam no país. A Itália, apesar de ser um dos países vencedores da Primeira Guerra Mundial, enfrentava sérias dificuldades sociais e econômicas.

A Itália era governada pelo rei Vitor Emanuel III e seu Primeiro Ministro Giolitti. Benito Mussolini era do Partido Socialista Italiano, mas foi expulso quando apoiou a entrada da Itália na Primeira Guerra. NESTE MOMENTO, VOCÊ, EXTREMISTA DE DIREITA, PODE PENSAR QUE O FASCISMO VEIO DO COMUNISMO, MAS CALMA, A AULA AINDA NÃO ACABOU.

Após ser expulso do Partido Socialista Italiano, Mussolini criou uma organização paramilitar que, após o fim da Primeira Guerra, obteve apoio de ex combatentes. Esta organização era chamada Fascio de Combatimento. Daí surgiu o Partido Nacional Fascista, que promoveu a Marcha Sobre Roma em 26 e 27 de outubro de 1922, cujo objetivo era forçar o rei Vitor a indicar Mussolini como primeiro ministro. No dia 30, o rei cedeu às pressões fascistas e encarregou Mussolini de "reorganizar" o país.

Em 1925 o fascismo já se mostrava ditatorial, e criou o sindicalismo corporativista - não porque se importasse com os trabalhadores, mas para controlá-los. Mussolini assumiu o título de Duce e conduziu a Itália à Segunda Guerra Mundial. Importante lembrar que o rei Vitor Emanuel III continuava vivo,mas era apenas uma sombra, deixando todas as decisões políticas nas mãos do Duce.

Objetivos do fascismo:

- Patriotismo e exaltação da Itália;

- Obediência cega ao Duce;

- Cerceamento da liberdade civil;

- DERROTA DOS MOVIMENTOS DE ESQUERDA.

(Faixa exposta no primeiro discurso de Hitler em 1933 onde se lê "Faça a Alemanha livre do Marxismo!")

O NAZISMO surgiu na Alemanha, tendo herdado muitos aspectos do fascismo italiano. Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentou grave crise econômica com inflação altíssima, o que facilitou a revolta da classe média e também dos trabalhadores alemães. 

Havia um pequeno grupo, conhecido como Partido Trabalhista Alemão, criado por um mecânico ferroviário, ao qual Hitler se juntou em 1919. Na verdade, Hitler entrou para o partido para "acompanhar" o desenvolvimento do mesmo e informar os militares sobre o que acontecia nas reuniões. Era uma espécie de espião.

Hitler foi se interessando realmente pelo lado político "da coisa" e com sua oratória inflamada, em 1920 já era a principal figura do partido, e começou a distorcer os ideais e transformar o grupo. O capitão Ernest Roehm incorporou ao partido grupos paramilitares, as SA - seções de Assalto. Hitler mudou o nome do partido para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. O programa do partido desprezava estrangeiros, denunciava judeus, marxistas, comunistas, ciganos, poloneses e minorias, e prometia trabalho e o fim das reparações de guerra.

Hitler e seu grupo tentaram um golpe em Munique, em 1923, mas falharam. Hitler foi preso e escreveu Mein Kampf (Minha Luta) na prisão. Hitler cumpriu somente oito meses de sua pena, e ao sair, reorganizou e aprimorou o partido, criando estruturas hierárquicas e administrativas. Além das SA já existentes, criou as SS (brigadas de segurança) e também um jornal.

Hitler se tornou chanceler da Alemanha, ficando abaixo somente do presidente Von Hindenburg. Em 1933 o Parlamento Alemão foi incendiado e Hitler atribuiu o incêndio aos comunistas, exigindo de Hindenburg mais poder para "combater os comunistas". Em 1934 Hindenburg faleceu e Hitler tomou para si o posto de presidente, chamando a si mesmo de Führer (líder), e o governo tornou-se totalitário. O nazismo era racista, xenófobo, extremista, totalitário, violento, anticomunista e apresentava um patriotismo exagerado.

Apesar de também criticar o capitalismo, Hitler passou a receber apoio financeiro de empresas e da burguesia de extrema direita, a elite da época, que temia o avanço do partido comunista alemão e a perda de seus privilégios. 

Hitler conduziu a Alemanha à destruição e à vergonha com a Segunda Guerra Mundial, e suicidou-se para não cair na mão dos russos quando estes tomavam Berlim, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Obs.: Há uma história que sempre reaparece na internet sobre um broche alemão de comemoração ao dia do trabalho, onde uma águia segura uma foice e um martelo. Este broche é citado pelos eleitores de extrema-direita (e extrema ignorância) como suposta prova de que o nazismo era de esquerda. A verdade é que o broche foi criado em comemoração ao dia do trabalho em 1933, no qual Hitler queria ganhar o apoio dos trabalhadores e controlá-los também, evitando as diversas manifestações operárias que já ocorriam em toda a Alemanha. Enquanto o símbolo comunista usa a foice e o martelo cruzados, o broche alemão mostrava a águia nazista segurando a foice e o martelo, controlando a classe trabalhadora do campo (a foice) e a classe trabalhadora da cidade (o martelo). Logo após a comemoração do dia do trabalho em 1933, Hitler intensificou as perseguições aos sindicatos e desmontou todas as organizações operárias.



Bibliografia:

A Chegada do Terceiro Reich - Richard J. Evans
As Origens do Totalitarismo - Hanna Arendt
O Carisma de Adolf Hitler - Laurence Rees

LINKS INTERESSANTES:

TRECHOS DE DISCURSOS DE HITLER, ONDE ELE CRITICA OS MOVIMENTOS DE ESQUERDA

BIBLIOTECA DO EXÉRCITO - NAZISMO É DE EXTREMA DIREITA

NAZISMO - MOVIMENTO DE EXTREMA DIREITA