Composição: Antônio Adolfo e Tibério
Gaspar
Interpretação: Tony Tornado e Trio
Ternura
Os festivais continuaram na década
de 70, até os anos 80. São muitas as canções e muitos os músicos que fizeram
história nesses festivais, como Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Raul
Seixas, Os Mutantes, entre tantos outros. Clássicos como Sinal Fechado, Travessia, Fio Maravilha,
nasceram nesses palcos. Na década de 80, a produção artística já não era tão
brilhante, não obstante, haviam pérolas como Planeta Água e Verde, que, a
propósito, perdeu para a péssima Escrito nas Estrelas. Em 2000, ainda houve uma
pífia tentativa de ressuscitar os festivais. Eu lembro de ter acompanhado esta
edição, e a decepção foi gigante. Enfim, a época de ouro foi na década de 60 e
início da década de 70, tempos que não voltam nunca mais.
Não poderia encerrar esse período
sem lembrar da grande canção black music e soul que fez história no V FIC, em
1970. Tony Tornado era uma figura notável. O músico foi PQD com Sílvio Santos,
combateu no canal de Suez, em 1957, morou em Nova York na década de 60, onde
conheceu Tim Maia e atuou em áreas de trabalho, digamos, ligeiramente escusas.
Foi nesse turbilhão de coisas que Tony conheceu a soul music e foi um dos
precursores desse estilo musical no Brasil. Em 1970, os festivais, como vistos,
eram monopolizados pela bossa nova, de um lado, e pela Tropicália de outro. Então, Tony
chegou com BR-3, um estilo de canção violentamente americano, mas com uma letra
que fazia referência a BR-040, rodovia que cruza o Rio de Janeiro. A figura exótica
de Tony conquistou a plateia e arrebatou o primeiro lugar da quinta edição do
FIC.
A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
E a gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um foguete
Rasgando o céu, cruzando o espaço
E um Jesus Cristo feito em aço
Crucificado outra vez
A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um sonho
Viagem multicolorida
Às vezes ponto de partida
E às vezes porto de um talvez
A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um crime
No longo asfalto dessa estrada
E uma notícia fabricada
Pro novo herói de cada mês
Na BR-3...
Na BR-3 (Na BR-3)
E a gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um foguete
Rasgando o céu, cruzando o espaço
E um Jesus Cristo feito em aço
Crucificado outra vez
A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um sonho
Viagem multicolorida
Às vezes ponto de partida
E às vezes porto de um talvez
A gente corre (E a gente corre)
Na BR-3 (Na BR-3)
A gente morre (E a gente morre)
Na BR-3 (Na BR-3)
Há um crime
No longo asfalto dessa estrada
E uma notícia fabricada
Pro novo herói de cada mês
Na BR-3...
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