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quarta-feira, 2 de março de 2016

#366Acordes - Acorde #62 - O Astronauta de Mármore


#62 – 02/03/16 – “O Astronauta de Mármore”
Composição: versão de Starman, de David Bowie, feita por Carlos Stein, Thedy Corrêa e Sady Homrich
Interpretação: Nenhum de Nós

Sady Homrich e Carlos Stein eram conhecidos desde os tempos de escola. Na faculdade, Stein fundou um tal de Engenheiros do Hawaii, e Sady, junto com Thedy Corrêa, fundaram o Nenhum de Nós. A banda já alcançou sucesso nacional no primeiro álbum, com uma canção com nome de mulher, e no segundo, Cardume, de 1989, o que chamou a atenção foi, primeiro, a participação de Renato Borghetti, com sua gaita ponto misturada com o rock dos caras, algo até então inédito na música e considerado quase uma heresia. Segundo, a versão de Starman, de David Bowie, que se tornou O Astronauta de Mármore (e eu soube há muito pouco tempo que essa música era versão e fiquei chocada). Este é um dos pouquíssimos casos em que a versão se torna tão boa – ou melhor, com o perdão de David Bowie – do que a original. A versão respeitou a premissa da canção de Bowie, com uma letra que fala de solidão, ou apenas de se sentir só, mesmo não estando sozinho. A figura do astronauta, isolado no universo, junto das estrelas, é a metáfora perfeita. É uma das músicas preferidas da minha vida.




 A lua inteira agora é um manto negro oh, oh
O fim das vozes no meu rádio e oh,oh, oh
São quatro ciclos no escuro deserto do céu

Quero um machado pra quebrar o gelo oh, oh
Quero acordar do sonho agora mesmo oh, oh
Quero uma chance de tentar viver sem dor

Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar

Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo

Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul

A trajetória escapa o risco nu uh uh
As nuvens queimam o céu, nariz azul uh uh
Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu

A lua o lado escuro é sempre igual
No espaço a solidão é tão normal
Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu!

Sempre estar lá
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar

Sempre estar lá
E ver ele voltar
O tolo teme a noite
Como a noite
Vai temer o fogo

Vou chorar sem medo
Vou lembrar do tempo
De onde eu via o mundo azul...


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