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terça-feira, 28 de março de 2017

Não sabemos o que fazer

Fico cada dia mais angustiado, abismado com a ignorância do ser humano em relação à proteção do ambiente onde ele vive. Como pode um ser não entender que se não preservar o local onde vive, não poderá mais viver? A marcha da destruição acelera o passo a cada dia, e os líderes de países super industrializados se recusam a assinar acordos que podem ao menos desacelerar a extinção humana. Já disse Carl Sagan em seu livro "Bilhões e Bilhões":

"Os pássaros - cuja inteligência tendemos a denegrir - sabem o que fazer para não sujar o ninho.
Os camarões, com cérebros do tamanho  de partículas de fiapos, sabem o que fazer. As algas sabem. Os micro-organismos unicelulares sabem. Já é hora de sabermos também."

O problema maior é que o homem ainda não percebeu que ele mesmo será sua maior vítima. Estamos extinguindo espécie atrás de espécie. Só no Brasil são mais de quinhentos animais correndo risco de extinção. Mas esquecemos que também somos uma espécie neste planeta. Não vivemos do meio ambiente, e sim, estamos inseridos nele. Todos seremos prejudicados pela nossa ganância. Somos uma espécie que tem se espalhado como um tumor, pois somos mais de seis bilhões de seres que se dizem racionais, mas permitem que seus semelhantes passem fome enquanto toneladas de alimento são descartadas todos os dias.

Abandonamos nossos "filhotes", matamos nossos semelhantes, prejudicamos nossa própria espécie e vivemos desde nosso surgimento disputando território. Se isso é ser racional, tenho vergonha de ser racional.

Mas tenho uma boa notícia: o planeta sobreviverá. A natureza, ao contrário de nós, é sábia, e não vai errar. Quando o caos estiver muito próximo, nossa espécie - a causadora do fim - será extinguida, e a natureza provavelmente voltará a se desenvolver. E talvez uma nova raça surja, uma nova espécie que entenda que não se vive apenas de papéis coloridos com números impressos.

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