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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Brasil - opinião

O texto a seguir é minha opinião exclusiva, não diz respeito às pretensões do blog. Apenas encontrei aqui um canal de maior alcance para o meu desabafo.

Na minha humilde pretensão de estudar História em 2017, tenho pensado em como abordarei o estudo da história do Brasil, esse país da piada pronta onde patriotismo é vestir a camisa da seleção e encher a cara vendo jogo de futebol. 

O brasileiro nunca conquistou nada pela luta, pelo sofrimento. Não enfrentou um ditador de verdade, como a Alemanha. Não enfrentou uma guerra séria como os países da Europa. Não brigou pela independência como os Estados Unidos. Não depôs um monarca pela luta como os russos. Não foi escravizado como os africanos. Não foi perseguido e humilhado como os israelenses. Isso nos torna fracos e hipócritas. Em vez de valorizarmos isso, utilizando essa "vida fácil" que tivemos para desenvolvermos um país próspero e justo, preferimos ser manipulados por políticos que dizem nos defender. Isso não é política e sim, politicalha.

Pedaladas fiscais. Prefiro o nome correto: empréstimos. Coisa que os presidentes anteriores também fizeram, mas ninguém deu atenção. A presidente eleita pediu um parecer de sua equipe a respeito dos empréstimos, e sua equipe afirmou que isso não lhe causaria problema. Esses supostos assessores poderiam muito bem estar comprados pela oposição, e o problema pode ter sido uma grande armadilha pensada com calma. Simples assim. 

Bastou o Brasil fechar um acordo técnico-militar com a Rússia em 2015 para os EUA ficarem preocupados. 
Bastou algumas reuniões do BRICS para a elite ficar preocupada.
Aécio e FHC têm amigos nos EUA que adorariam possuir nosso petróleo e nossos bancos. 
O dólar subiu de repente, o risco Brasil subiu de repente. Estranho, não? E agora, após o impeachment, os EUA declaram que "pretendem estreitar a relação econômica com o Brasil, pois ela é importante para ambos". Conveniente, não?

Os políticos são mestres em manipular o povo pela mídia, convencendo pessoas a irem para as ruas acreditando que estão defendendo seu país, quando na verdade estão defendendo os interesses da FIESP, das empresas estrangeiras interessadas nas riquezas brasileiras e da elite, a nova nobreza. Critiquem, me julguem, pensem o que quiserem, afinal, pensar ainda é um direito.

Depois de FHC (governo Lula), a inflação havia diminuído, a educação melhorou. Muita gente que não poderia nunca fazer uma faculdade - como eu - acabou fazendo. Os concursos públicos voltaram. A economia cresceu. O Exército se reequipou. Milhões de pessoas saíram da miséria. O analfabetismo diminuiu. Não é o suficiente, mas foi um grande avanço. Infelizmente o povo não lembra disso.

A história do Brasil é interessante: A Inglaterra comprou nossa liberdade, pôs na nossa conta, e chamamos de "Independência". Marechal Deodoro depôs um imperador culto e justo através de um golpe, e chamamos de "Proclamação da República". E agora, em 2016, presenciamos um golpe da elite, apoiado por forças estrangeiras, e chamamos de "impeachment" e "defesa da democracia". Parece piada...

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