Composição: Nando Reis
Interpretação: Ana
Cañas e Nando Reis
Ana Cañas nasceu
em 1980. Formou-se em Artes Cênicas, mas após os 22 anos de idade descobriu seu
dom musical, e tornou-se compositora, cantora, arranjadora e produtora musical.
Interpretou músicas de Caetano Veloso e Chico Buarque, e em 2007 lançou o álbum
"Amor e Caos". Esta canção que ela canta com Nando Reis fala de
alguém que nunca soube expressar o seu amor, mesmo tendo guardado este
sentimento em seu coração. Alguém que nunca teve a quem dirigir seu sentimento,
mas de repente encontrou um motivo pra se abrir, um outro alguém a quem amar.
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar e repartir
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim
Vem visitar, sorrir
Vem colorir, solar
Vem esquentar e permitir
Quem acolher o que ele tem
E traz quem entender
O que ele diz no giz do gesto
O jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você
E explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo, o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor que aprendi
Vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar
Na cor que o arco íris risca ao levitar
Vou nascer de novo lápis, edifício,
Tevere*, ponte, desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos, trilho
A infância, terço, berço no seu lar
Guardei sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você
E explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo, o gelo vai queimar
Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar e repartir
Quem acolher o que ele tem
E traz quem entender
O que ele diz no giz do gesto
O jeito pronto do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio exibe em cada olhar
Guardei sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei, vendo em você
E explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo, o gelo vai queimar...
*Tevere
é o nome italiano do rio Tibre, que atravessa Roma. Se pronuncia Tévere.
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