#174 – 22/06/16 – “No rastro da gadaria”
Composição: Jairo Lambari
Interpretação: Jairo Lambari
Em 2001, Jairo Lambari Fernandes lançou o disco De flor e
luna, um referencial na sua música, de um regional sensível e singular. Uma das
canções de maior sucesso do álbum foi No rastro da gadaria. Originalmente um
chamamé comum, mas com a profundidade peculiar do músico, que narra a rotina de
um tropeiro com um realismo que somente quem vive esta realidade consegue
descrever – e entender. A solidão e a saudade da pessoa que se ama também estão
presentes, sempre marcando o romantismo próprio do autor. A versão original foi
gravada em parceira com o cantor Nilton Ferreira, que é a primeira voz do
dueto.
Já faz três dias que culatreio esta tropa
Que vem mermando, quase chegando ao destino
Canso cavalos no rastro da gadaria
Nas alegrias poucas de um campesino
Só mais uns dias e a tropeada se termina
Minguada é a plata para os que rondam madrugadas
Empurrando bois, nos encontros dos cavalos
De longe os galos prenunciam alvoradas
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
Troveja longe e o raio plancha na terra
E a manga d´água já branqueia o corredor
Encharca o poncho e a alma de quem tropeia
Se o tempo enfeia pros lados do chovedor
Não vejo a hora de findar esta jornada
E voltar pro rancho que ergui no meu lugar
Já imagino a minha linda na janela
Sonhei com ela e pra ela vou voltar
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
Que vem mermando, quase chegando ao destino
Canso cavalos no rastro da gadaria
Nas alegrias poucas de um campesino
Só mais uns dias e a tropeada se termina
Minguada é a plata para os que rondam madrugadas
Empurrando bois, nos encontros dos cavalos
De longe os galos prenunciam alvoradas
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
Troveja longe e o raio plancha na terra
E a manga d´água já branqueia o corredor
Encharca o poncho e a alma de quem tropeia
Se o tempo enfeia pros lados do chovedor
Não vejo a hora de findar esta jornada
E voltar pro rancho que ergui no meu lugar
Já imagino a minha linda na janela
Sonhei com ela e pra ela vou voltar
De vez em quando um sapucay chamando a ponta
E um índio touro abre o peito e atropela
Um cusco baio se revolta e garroneia
O boi coiceia e, dando volta, se entrevera
Tranqueia o gado farejando um aguaceiro
Que vem se armando lá prás banda oriental
Abrem-se ponchos na culatra e lá na ponta
E o vento afronta mareteando o pastiçal
E o vento afronta mareteando o pastiçal...
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