Essa obra famosa, escrita por Adam Smith, é uma das raízes do capitalismo, definindo sua estrutura e desenvolvimento. O filósofo e economista europeu nasceu na Escócia em 1723. Aos 16 anos cursou Filosofia Moral na Universidade Glasgow e no ano seguinte entrou na Universidade Oxford. Em 1751 já era professor em Glasgow.
"A Riqueza das Nações" veio em 1776. É impressionante como Adam Smith já naquela época tinha uma visão ampla da divisão do trabalho, do custo real dos produtos e do desenvolvimento que poderia ser causado pela iniciativa privada, princípios que são ensinados hoje em qualquer curso de administração. Em pleno século XVIII, onde o mercantilismo dominava a Europa e o sistema feudal ainda existia em algumas áreas rurais, essa visão só poderia ser de alguém que estava realmente muito a frente do pensamento da época.
De acordo com o professor Adam Smith, o desenvolvimento econômico de uma nação e o bem estar de sua população só poderia vir da divisão do trabalho, e essa mesma divisão do trabalho é a causa da redução dos custos da produção, tornando possível a venda dos produtos por preços menores. O liberalismo econômico seria a solução para o crescimento do país, com a iniciativa privada, a livre concorrência e o acúmulo de capital.
Infelizmente, o que vemos hoje é o acúmulo de capital nas mãos de poucas pessoas. As empresas grandes, que não sofrem mais interferência do estado, acabam subjugando a sociedade, excluindo as classes mais pobres, mantendo a divisão de classes sociais, perpetuando assim a pobreza nas classes inferiores. O capitalismo, assim como o socialismo, não funciona. E o problema não está na teoria, mas sim no ser humano que a aplica. Vivemos um novo sistema feudal.
Não foi o professor que não explicou bem, e sim os alunos que não compreenderam ou intencionalmente distorceram o ensino: Após a morte do filósofo, descobriu-se que ele destinava a maior parte de seus rendimentos a instituições secretas de caridade, e uma frase dita por ele mostra que a riqueza de uma nação deveria beneficiar a todos:
"A riqueza de uma nação mede-se pela riqueza do povo, e não pela riqueza dos príncipes."
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