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quarta-feira, 17 de maio de 2017

O Keynesianismo

Todos sabemos - creio eu - que há duas principais teorias econômicas que influenciam e moldam o mundo em que vivemos: O Socialismo e o Capitalismo.

O Socialismo, que deveria ser um caminho para o Comunismo, foi teorizado mais profundamente por Karl Marx. É o fim da propriedade privada. É a valorização total do trabalhador. Infelizmente, por culpa do ser humano, o Socialismo não funcionou conforme foi teorizado, pois o homem em sua astúcia sempre quer tirar proveito de tudo, sempre corrompe o sistema, por melhor que o sistema seja.

Já o Capitalismo é a desvalorização do trabalhador. O endeusamento do capital, a sujeição do ser humano à categoria de engrenagem de uma máquina alimentada por suor, que gera lucro para o empregador. E o mais interessante sobre o Capitalismo é que este sistema também não funciona, mas pela influência da mídia paga pelos empresários, e pela manipulação das massas por aqueles que detém o poder econômico, o povo ignorante pensa que o sistema funciona, e se submete à desvalorização de seu próprio esforço de trabalho em troca de um fim de semana de descanso, futebol na TV, algumas cervejas e um churrasco...

Mas lá no começo do século XX um inteligente economista inglês chamado John Maynard Keynes propôs uma nova organização político-econômica que colocava o Estado como agente indispensável na Economia. Keynes afirmava que a Economia não se regula sozinha, conforme o pensamento dos Capitalistas, mas que o Estado deve intervir para proporcionar condições iguais a todos os envolvidos no sistema. Foi o Keynesianismo que salvou os Estados Unidos da crise de 1929, através do New Deal, Roosevelt trouxe o Estado de volta ao crescimento da economia e isso foi condição indispensável para a recuperação do país.

O modelo de Keynes não é a Estatização da Economia - como fizeram algumas potências comunistas -  mas o Estado assume um papel de regulamentação, intervindo na Economia sempre que a ambição desmedida do empregador se esquece das necessidades do trabalhador. Nos países da Europa Setentrional, as ideias de Keynes foram bem aceitas, e geraram o que se chama hoje de Estado do Bem-Estar Social.

No modelo de Keynes, o Estado deve:

- Intervir na Economia, atuando em áreas onde a iniciativa privada não quer ou não tem capacidade para atuar;

- Criar ações politicas voltadas para o protecionismo econômico;

- Parar o Liberalismo Econômico;

- Criar medidas que levem ao pleno emprego, equilibrando a capacidade de demanda e produção, indiferente à ganância dos empregadores;

- Estimular a Economia em momentos de crise;

- Criar políticas fiscais evitando o descontrole da inflação.

Essa interessante teoria - que já se provou excelente na recuperação de países após grandes crises e até mesmo após a Segunda Guerra Mundial - vem sendo barrada pelo Liberalismo Econômico, pelo Capitalismo, pela ganância de empregadores que se dizem "preocupados" com os trabalhadores, mas na verdade só se preocupam com seu bolso. Se você quer conhecer mais sobre o modelo Keynesiano, procure o livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, publicado pela primeira vez em 1936 por John Maynard Keynes.

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