Eu vivo uma situação ímpar. Eu trabalho em uma escola. Mas eu
não sou professora. Eu passo 90% do meu dia dentro da secretaria, e 80% desse
tempo na frente do computador. No entanto, meus momentos mais felizes são
quando preciso ir no berçário, ou maternal, ou qualquer sala com crianças
pequenas. Em geral, professores com especialização – ou seja, os professores de
disciplinas, português, matemática, história... – tentam fugir das crianças menores.
Eu me sinto realizada quando entro na sala dos pequenos. Eles gostam de você de
verdade. Se não gostam, não fingem que gostam, e se gostam, gostam mesmo. São gratificantes
demais esses momentos com os pequenos, e mesmo eu, que não sou professora, me
emociono.
Quero parabenizar esses professores que assumem a responsabilidade
gigante de ensinar crianças, agüentar a bagunça, o gritaria, as perguntas
capciosas, e tentam garantir um futuro para seus alunos, através da educação. Mas
não só meus quase colegas de alfabetização, mas a todos os professores, todos. Ensinar
é a mais nobre das artes. É uma arte sim, enfrentar o desafio de uma sala cheia
de crianças, ou de adolescentes fervendo, com suas risadinhas irritantes e sua
inacreditável falta de atenção e vontade para assistir as aulas. É uma arte, um
desafio, que aqueles que aceitam e cumprem com honra, merecem nossa admiração
sempre. Como eu os “invejo”. Quem sabe um dia eu consiga fazer parte desse
nobre rol.
A meus colegas de trabalho, em particular, meu abraço, meu
carinho, e minha admiração.
Professora Rafaela, melhor
professora de história depois do Marvin, e os alunos prodígio Lucas e Eduardo.
Dia do estudante.
Dia das mães.
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