Telemarketing indesejável

Na sexta-feira passada, eu estava atendendo na agência onde trabalho... A fila estava passando para o lado de fora da porta, uma correria sem tamanho típica de início de mês, quando alguém me passa o telefone dizendo que era para mim.

Atendo, e ouço uma voz feminina super “simpática” dizer:

“Boa tarde, eu sou a “fulana”, represento o Banco Itaú e estou ligando para lhe parabenizar, pois você acaba de ser escolhido entre muitas pessoas para receber em sua residência o cartão de crédito Itaú, o qual lhe proporcionará muitos benefícios e blá blá blá...”

Eu olhei para a fila que continuava a crescer e disse: “Ok, mas não tenho interesse, eu já sou cliente de outro banco e tenho um cartão que não me custa nada, e estou em meu horário de trabalho, não posso lhe dar atenção agora e...” “Ah, o senhor está em seu trabalho? Confirmando, o número de telefone de seu trabalho é 322...” “Não” – respondi – “Aliás, como vocês conseguiram o número do meu trabalho? Eu não posso atender vocês nesse telefone” Fui cortado novamente: “Nos próximos dias o senhor receberá em sua residência o cartão de crédito Itaú. Confirmando seu endereço, rua...” "PELAMORDEDEUS, já falei que não tenho interesse neste cartão, não solicitei cartão nenhum, e não quero receber nada!” Mas parece que a moça era surda, estava literalmente empurrando um produto goela abaixo, sem se importar com a vontade do cliente. É incrível como essas empresas descobrem nossos dados (graças a alguém que vende nosso cadastro a essas agências) e nos ligam a toda hora empurrando coisas das quais não precisamos. Isso não é telemarketing, é enganação total. Por isso é que quando esses “atendentes” encontram do outro lado da linha algum pobre velhinho ou pessoa desinformada, acabam vendendo-lhes todo tipo de inutilidades e torrando assim todo o dinheirinho que lhes resta nos bolsos. Deveria existir uma lei protegendo os dados dos brasileiros, caso contrário, seremos sempre alvo de empresas sem escrúpulos que literalmente não ouvem seus clientes.