Submarino

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Então é Natal...

Provavelmente não foi em 25 de dezembro que Cristo nasceu, afinal de contas nenhum pastor estaria com suas ovelhas no campo em pleno inverno no Oriente Médio... mas o que vale é a mensagem que a data nos traz. Jesus veio pra tentar mudar este mundo, mudar as pessoas. Não sei se adiantou muito, mas ele tentou.

Cristo ensinou a nos importarmos com os pobres, com os humildes, mas nós não fazemos isso. Cristo partiu o pão sempre, mas hoje, se alguém fala em partilha, em divisão justa, é taxado de "comunista".

Cristo sempre nos orientou a evitarmos o homem violento, mas hoje acreditamos que devemos andar armados. Jesus disse "Dai a César o que é de César", mostrando que a fé não se mistura com a política, mas hoje alguns "líderes" evangélicos se tornam políticos, manipulando os votos de seus fiéis e vivendo às custas do Estado, fazendo a religião se sobrepor à democracia, usando-a como motivo para perseguição a opositores.

Jesus expulsou do Templo alguns vendedores de animais. Hoje os falsos pastores exploram até o último centavo de seus fiéis, mentindo e enganando descaradamente, vivendo como reis enquanto os membros de suas igrejas passam necessidade.

Cristo sempre condenou os políticos e líderes religiosos de sua época. Hoje as pessoas que se dizem cristãs apoiam políticos mentirosos e violentos, envolvidos com milícia e assassinatos, mas que se dizem "cristãos", enganando os incautos com suas mentiras.

O Natal é esperança, e hoje, mais do que nunca, precisamos renovar a esperança, e lutar para que o ser humano se importe com seus semelhantes, para que todos tenhamos as mesmas chances, os mesmos direitos, as mesmas oportunidades, uma vida com equidade e justiça.

Feliz Natal a todos!

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

O Irlandês - Scorsese


Mais um excelente filme de Martin Scorsese, uma obra prima contando a história de Jimmy Hoffa, e a atuação da Máfia nos sindicatos e sua influência no Governo Americano na metade do século XX.

O filme tem 3 horas e meia de duração, e um roteiro ótimo, uma história nada cansativa, e que vale a pena pelo contexto histórico e político. É baseado no livro "I Heard You Paint Houses" de Charles Brandt, lançado em 2003. A expressão título do livro é um código da Máfia que significa "ouvi dizer que você mata pessoas", e é explicado no filme com a cena de um homem sendo assassinado e seu sangue, que salta da cabeça, acaba "pintando" a parede.

Há alguns pseudo críticos na internet criticando a duração do filme, gente que só se acostumou a ver filmes de ação, e não consegue parar pra pensa, mas desconsidere as críticas, e veja com seus próprios olhos.

Um filme com Robert De Niro, Al Pacino, Harvey Keitel e Joe Pesci, dirigido por Scorsese, nunca vai ser menos que um sucesso, e já está na lista dos dez melhores filmes de 2019, da revista Times.

sábado, 9 de novembro de 2019

30 Anos da Queda do Muro de Berlim

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha - bem como o mundo todo - foi dividida em zonas de influência soviéticas e americanas. Comunismo e Capitalismo. Havia a República Democrática Alemã, pertencente aos russos, e a República Federal da Alemanha, pertencente ao bloco Ocidental. O problema é que Berlim ficava na parte oriental da Alemanha, que coube aos soviéticos...

Para resolver a questão, e evitar o contato entre capitalismo e socialismo, os líderes Walter Ulbricht e Nikita Kruschev construíram um muro dividindo Berlim. A construção começou em 1961, e ficou pronto em dois anos.

Uma curiosidade: o presidente russo, Vladimir Putin, na época era um oficial da KGB e trabalhava na Alemanha Oriental.

Com a mudança do modelo econômico na URSS a partir de 1980, e a falha das medidas econômicas conhecidas como Glasnost e Perestroika, o modelo comunista começou a desmoronar, e a queda foi inevitável.

Junto com a velha URSS, caiu também o muro. Na verdade, foi derrubado: em 09 de novembro de 1989, cidadãos de ambos os lados de Berlim, munidos de martelos e outras ferramentas, puseram abaixo várias partes do muro. No ano seguinte, ocorreu a reunificação da Alemanha, e a divisão acabou.

(algumas partes do muro ainda são mantidas em pé, como memorial histórico)

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

A Revolução dos Bichos - George Orwell

Terminei de ler este livro, que foi publicado em 1945 no Reino Unido. Uma crítica ao totalitarismo da União Soviética de Stalin, e atualmente, ainda é válida como um alerta a qualquer tipo de governo autoritário e hipócrita, seja ele de direita ou esquerda.

A fábula mostra perfeitamente como os ideais de uma sociedade justa - por mais bem intencionados que sejam - podem tornar-se uma ameaça quando impostas por um líder autoritário. 

A ignorância e a exploração dos trabalhadores - que desconhecem o seu poder e importância como geradores de riqueza - são o combustível para a manutenção da elite. Um líder autoritário, como o porco Napoleão da fábula, pode distorcer os ideais, manipular a história, e fazer alianças justamente com quem tratava antes como inimigo. Não há preocupação com os menos favorecidos, há somente interesse próprio.

O socialismo falhou, e a ditadura de Stalin matou milhões de pessoas, matou mais que o nazismo. O capitalismo também falhou, e somente permanece porque é o modelo econômico que favorece a elite. Se houvesse justa divisão de renda, o capitalismo seria viável, pois o único problema deste modelo econômico é que após a geração de lucro pelo trabalhador, este fica com a menor fatia, não há justa divisão. E se considerarmos todas as pessoas mortas em guerras por petróleo e território, e todas as pessoas que morrem de fome devido à exploração, o capitalismo matou muito mais que Stalin.

Em tempos de falsos leões (que na verdade também são porcos), o livro de George Orwell é uma obra que indico a todos. Juntamente com "1984", do mesmo autor, "Fahrenheit 451" de Ray Bradbury, "Admirável Mundo Novo" de Aldous Huxley e "Laranja Mecânica" de Anthony Burgess formam uma biblioteca indispensável de alerta sobre os perigos da desinformação, da manipulação de ideias e fatos, da perda de liberdade em prol de segurança, da falta de consciência de classe e da falsa esperança de que líderes autoritários são a solução para países em desenvolvimento.

sábado, 12 de outubro de 2019

Bacurau

Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles trazem o filme Bacurau, alvo de críticas e elogios, que a meu ver é um alerta: Uma cidade no interior do Nordeste que de repente não se encontra mais nos mapas, e seus moradores começam a ver drones voando nos céus e uma onda inédita de turistas chegando à cidade... carros começam a ser alvos de tiros e cadáveres começam a aparecer... e a pacata Bacurau vira uma "zona de caça" para turistas.

Fazendo uma analogia entre a história de Bacurau e a atual sociedade, a politica proposta pelo Governo, as mudanças na economia, não estamos longe - nós os menos favorecidos - de nos tornarmos alvos. A política de "segurança" praticada no Rio de Janeiro já não faz diferença entre civis e bandidos. O sistema de saúde, já agonizante, não está longe de ser privatizado e abandonar de vez os pobres. A educação já é alvo de empresários que gostariam muito de que as escolas deixassem de ser um dever do Estado para com o cidadão e se tornassem um negócio.

E com toda esta exclusão social, o que restará aos menos favorecidos? O que o Estado fará com eles? Quem viu o discurso de Bolsonaro na ONU, quem ouve todos os dias os absurdos ditos pelo presidente Trump, sabe que as classes menos favorecidas estão sendo afastadas da proteção do Estado. Os cidadãos de classes um pouco mais altas já sofrem a ilusão de que quanto menos o Estado se envolver com os pobres, melhor será. Há muitos ignorantes afirmando que a causa da pobreza é a "vitimização" das pessoas.

Quando a Saúde for um negócio, quando a Educação for um produto e quando as milícias e empresas de segurança mandarem nas ruas superando a polícia, seremos alvos, não só no Rio ou em São Paulo, seremos alvos em qualquer lugar.

Angélique Namaika

Dungu, uma cidade na Província Oriental da República Democrática do Congo - RDC - , um lugar devastado pela guerra e pelo terror causado por vários grupos armados, entre eles o "Exército de Resistência do Senhor (LRA)". Eles matam civis, estupram mulheres, queimam vilas e expulsam os sobreviventes.

É neste lugar devastado que a irmã Angélique Namaika faz seu trabalho, percorrendo com coragem as ruas de sua cidade, de bicicleta, procurando dar apoio às mulheres vítimas da violência. Ela mesma fugiu de sua comunidade em 2009 durante um ataque do LRA, se escondendo mata adentro por quase cem quilômetros.

Mesmo fugindo da violência, ela não pretende abandonar seu país, buscando sempre apoiar as mulheres vítimas da guerra, da violência e do abuso sexual. Angélique é co-fundadora do Centro para Reintegração e Desenvolvimento, que atende atualmente 150 mulheres, mas já atendeu mais de duas mil desde sua fundação em 2008. O Centro ajuda na recuperação das mulheres, alfabetiza e também ensina algumas profissões.

A irmã Angélique Namaika recebeu em 2013 o Prêmio Nansen para Refugiados. Num mundo onde os poderosos não se importam com os menos favorecidos, pessoas como a irmã Angélique fazem a diferença dando um exemplo de bondade, coragem e empatia. 

sábado, 5 de outubro de 2019

Jerry Lewis - Rock 'n' Roll

Jerry Lewis,  comediante, roteirista, produtor, ator, diretor e cantor norte-americano. Como você faz falta...

///

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Diário de Guantánamo

A jornalista Mahvish Rukhsana Khan relata neste livro as atrocidades que o Governo americano cometeu contra os presos em Guantánamo, uma prisão para “terroristas”. Sim, há terroristas em Guantánamo, mas a grande maioria dos presos são pessoas comuns, que viviam suas vidas comuns no Oriente Médio: médicos, professores, jornalistas, pastores de ovelhas, dentistas. E por que estão lá? Porque foram entregues por pessoas de mau caráter, por parentes que não gostavam deles, por pessoas que deviam a eles e os entregaram como conspiradores para que não precisassem pagar suas dívidas, ou simplesmente porque o governo americano, através de seus militares, considerou que fossem ameaças…

Como pode um homem de 80 anos que não pode caminhar ser considerado uma ameaça pelo governo dos EUA? Sim, haviam presos idosos e doentes que foram torturados e tiveram sua liberdade negada pelos EUA. 
Graças a Mavish e uma equipe de advogados americanos, alguns deles puderam recorrer e lutar por justiça, sobrevivendo à tirania do governo americano e retornando às suas famílias.

Um livro indispensável para que quer conhecer o lado negro do imperialismo americano.


segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley

632 anos depois de Ford. Isso mesmo, o nosso Ford, que nesta distopia se tornou um deus para o que restou da humanidade. É em 632 depois de Ford que a história se passa... e a humanidade não é mais a mesma: Condicionamento de classes, manipulação genética, criação de classes destinadas a determinados trabalhos... e uma felicidade imposta a todos através da soma, uma droga que faz você se sentir muito bem, mesmo quando as condições são adversas.

É assustador pensar que a classe alta adoraria que as classes menos favorecidas aceitassem sua condição de trabalhadores sem outro destino, e se sentissem "felizes" com isso. No livro, aqueles que por algum motivo não aceitaram tal condicionamento da humanidade, foram excluídos da sociedade, moram em reservas, como "selvagens".

Ao contrário do que acontece no livro 1984, em Admirável Mundo Novo o sexo é incentivado, até mesmo com erotização infantil. O que não é permitido é o amor, a formação de famílias, o sentimentalismo. 

A sociedade se divide em alfas, betas, gamas, deltas e ípsilons, que se classificam ainda em "+" ou "-", de acordo com suas funções. Nenhum ser humano nasce de relações sexuais, todos são gerados em laboratório e condicionados de acordo com as necessidades do sistema. Os termos "pai" e "mãe" são uma ofensa, algo que não deve ser pronunciado, e remetem a uma sociedade inferior, que não existe mais. O crescimento demográfico é controlado e a sociedade importa mais que o indivíduo.

Este livro, assim como 1984, Fahrenheit 451 e outras distopias, é um alerta para nossa própria sociedade, que vive somente para o trabalho, cultiva um desejo desesperado de sucesso e busca a felicidade como status a ser divulgado a todos ao seu redor, esquecendo-se de realmente viver a vida e enfrentar as coisas como elas realmente são.

O livro foi publicado em 1932. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Os Miseráveis

Estou lendo a obra prima de Victor Hugo - Os Miseráveis. Que livro fascinante! Victor Hugo mostra de perto as dificuldades enfrentadas pelos menos favorecidos. A pobreza extrema, a injustiça, o desprezo. O livro nos faz chorar.

Como não torcer por Jean Valjean? Como não amar Fantine e Cosette? Que personagens maravilhosos, que beleza e pureza que eles nos passam ao enfrentarem suas dificuldades, ao chorarem e sofrerem. 

O livro foi publicado em 1862, e continua tocando os corações dos sensíveis até o dia de hoje.

Abaixo, alguns dos trechos mais marcantes:

"Enquanto esperamos, estudemos as coisas que já não existem. É necessário conhecê-las, ainda que só para evitá-las. As contrafações do passado tomam falsos nomes e gostam de ser chamadas de futuro. Este fantasma, o passado, está sujeito a falsificar seu passaporte. Coloquemo-nos a par da armadilha. Desconfiemos. O passado tem um rosto, a superstição, e uma máscara, a hipocrisia. Denunciemos o rosto e arranquemos a máscara." (Pág 550)

"Está na moda uma estranha mas cômoda maneira de suprimir as revelações da história, invalidar os comentários da filosofia e eliminar todos os fatos constrangedores e todas as questões obscuras." (Pág 555)

"Estes teóricos  (...) têm um procedimento bem simples, aplicam ao passado um reboco a que dão o nome de ordem social, direito divino, moral, família, respeito pelos antepassados, autoridade antiga, tradição santa, legitimidade, religião; e vão gritando: 'Vejam! Tomem isso, homens de bem!' Essa lógica também era conhecida dos antigos. Cobriam de cal uma novilha preta, e diziam: 'É branca'." (Pág 557)


"Esses homens que se agrupavam sob diferentes denominações, mas que podiam, todos, ser designados pelo título genérico de socialistas, tratavam de perfurar essa rocha para dela fazer jorrar a água viva da felicidade humana.
(...)
Todos os problemas que os socialistas se colocavam, as visões cosmogônicas, os sonhos e o misticismo colocados de lado, podem ser reduzidos a dois problemas principais. 
Primeiro problema: produzir a riqueza. 
Segundo problema: reparti-la. 
O primeiro problema contém a questão do trabalho. 
O segundo contém a questão do salário. 
No primeiro problema, trata-se do emprego das forças. 
No segundo, da distribuição do que se produziu. 
Do bom emprego das forças resulta o poderio público. 
Da distribuição do que foi produzido resulta a felicidade individual. 
Por boa distribuição deve-se entender, não distribuição igual, mas distribuição equitativa. A primeira igualdade é a equidade. 
Da combinação destas duas coisas, poderio público no exterior, felicidade individual interna, resulta a prosperidade social. 
Prosperidade social significa felicidade para o homem, liberdade para o cidadão, grandeza para a nação." (Pág 881)

"De onde viemos? Há mesmo a certeza de que nada fizemos antes de nascermos? A terra não deixa de ter semelhanças com uma prisão. Quem sabe se o homem não é um condenado pela justiça divina? Olhem a vida de perto. Ela é feita de tal modo que por toda parte se vê punição." (Pág 1027)

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O Perigo da Privatização da Educação

Após tantas lutas para tornar o ensino superior acessível a grande parte da população, e aumentar o acesso ao ensino básico e médio, vemos no horizonte um interesse crescente em tornar a educação - principalmente o ensino superior - um artigo de luxo para uma classe privilegiada.

Após ouvirmos o próprio presidente afirmar que "faculdade não é para todo mundo", qualquer interesse estranho no "mercado" da educação não é novidade. Quero lembrar ao leitor que a irmã de Paulo Guedes, Elizabeth Guedes, é empresária no ramo de educação, e há também vários outros empresários, como Flávio Augusto, batendo palmas para a abertura ao capital privado que as faculdades públicas estão sofrendo. Você acha que essa gente está preocupada com aqueles que não tem como pagar uma faculdade? NÃO ESTÃO!

Até mesmo a ideia ridícula de educar filhos em casa é influência de empresários da área, que adorariam que os pais destas crianças contratassem "tutores" para educar os filhos no conforto de suas casas, sendo que estes tutores serão professores de um sistema particular - e caro - de educação.

O caminho para a privatização é sempre o mesmo: Primeiro o governo deturpa a imagem da instituição ou empresa a ser privatizada, criando ou alegando fatos para que a sociedade critique a instituição. 

Depois vem o sucateamento, com o corte de recursos, o que leva à precarização do funcionamento, e é nesta etapa que o gado eleitoral começa a mugir afirmando que realmente é melhor privatizar, "já que não está funcionando direito".

Por fim, o governo vende por um preço qualquer, geralmente para favorecer algum empresário que já estava de olho na instituição, e que investiu na campanha do maldito político com dinheiro ou favores.

É o que está acontecendo com a educação superior... lobos descarados estão de olho em certas faculdades públicas, que, se deixarem de existir, forçarão uma leva de alunos a pagar uma faculdade particular. E aqueles que não têm condições ficarão sem a graduação. Afinal, "faculdade não é para todos". Triste regressão da fraca educação brasileira.


sexta-feira, 21 de junho de 2019

Marcha para... Jesus?

A marcha para Jesus surgiu em 1987 em Londres, no Reino Unido, organizada pelo pastor Roger Forster e em 1990 já havia se espalhado por vários países. Não vou me aprofundar muito na história da primeira marcha para Jesus porque na verdade não importa mais, seu sentido foi totalmente deturpado.

A primeira marcha para Jesus no Brasil foi em 1993, organizada pela igreja Renascer em Cristo, comandada por Estevam Hernandes, sim, ele mesmo, o que foi condenado juntamente com sua esposa, a "bispa" Sonia, devido à sujeira e corrupção cometida pela dupla.

Já dá pra ver que tipo de "Marcha para Jesus" que seria a nossa, a brasileira. As grandes igrejas evangélicas têm se sujado na lama do dinheiro arrancado dos fiéis, da lavagem cerebral e da corrupção. Pastores morando em apartamentos de luxo, andando por aí com seus carrões, enquanto os fiéis deixam de comprar um litro de leite pra entregar a oferta na igreja.

Atualmente, temos na política algumas bancadas que atrapalham o desenvolvimento da nação e estão no Congresso e/ou Senado apenas por interesses próprios, forçando leis que beneficiam seus interesses. Uma destas bancadas é a bancada evangélica, sustentada por pastores sem ética nem moral, que apregoam uma falsa cristianização da Nação, iludindo os membros de suas igrejas, que são pobres ovelhas cegas e manipuladas.


São estes "evangélicos" -  que pregam Cristo sem ter o amor de Cristo no coração - que apoiaram e apoiam homens como Bolsonaro, que defendem a violência e a posse de armas, oprimem as minorias querendo subjugá-las, não entendem que a democracia é para o interesse e defesa das minorias, e não apoiam quem se importa com os mais pobres - como Jesus se importou quando esteve neste mundo.

E na marcha para Jesus deste ano, lá estava Bolsonaro, com toda sua hipocrisia, defendendo a frase "bendita é a Nação cujo Deus é o Senhor". Bolsonaro sabe exatamente o que está fazendo. A bancada evangélica sabe exatamente o que está fazendo. O povo é que não sabe, e continua sendo gado marcado. Se há um Deus, ele vai tratar um dia com estes homens que estão no poder, usando a Bíblia para justificar seus crimes. 

"E disse Jesus aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!" (Lucas 17:1)

domingo, 26 de maio de 2019

Batman - 80 anos

Há 80 anos atrás surgia uma lenda, um menino bilionário, herdeiro de um império comercial, perdia seus pais em um assalto e se fechava na tristeza e solidão durante sua infância e adolescência, até que resolveu direcionar toda sua raiva para o combate aos criminosos de sua cidade. Ele aprendeu com grandes mestres pelo mundo, e tornou-se um homem perigoso que aterrorizava os criminosos nas noites de Gotham. 

O Cavaleiro das Trevas, o Morcego de Gotham. Batman. Os chefões do crime tremiam quando ouviam este nome. Um mestre nas artes marciais, um detetive incrível, um combatente do crime que dispunha de equipamentos de alta tecnologia e que não tinha medo de enfrentar os piores criminosos.

Batman já enfrentou até mesmo o Superman. A Liga da Justiça não seria a mesma sem o lado sombrio do Homem Morcego. 

Bob Kane e Bill Finger nos presentearam com a criação deste herói que tem uma legião de fãs pelo mundo afora, e teve sua primeira história publicada em maio de 1939 na revista Detective Comics nº 27. Desde então o Cavaleiro de Gotham enfrentou vilões perigosos, e até perdeu algumas batalhas, mas nunca perdeu a persistência e sempre retornou para derrotar seus inimigos, provando que a inteligência sempre supera a força física.

Em 1940 Batman ganhou sua própria revista. Juntamente com Superman, tornou-se um dos pilares do sucesso da DC Comics.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

Vingadores Ultimato

No feriado do dia do trabalho tive a oportunidade de assistir a obra prima dos irmãos Russo - Vingadores Ultimato. Final fantástico para os onze anos de filmes da Marvel, desde Homem de Ferro em 2008 até Vingadores Ultimato, uma história muito bem construída, sem pontas soltas e com ótimos roteiros.

Efeitos especiais, trilha sonora, atuação de ótimos atores, referências a alguns eventos específicos das HQs (como a Nova Asgard), frases citadas em filmes anteriores, tudo isso vai deixar saudade. A saga dos Vingadores terminou com a morte heroica de Tony Stark e o sacrifício da Viúva Negra, que finalmente se redimiu - pois afirmava que sua conta estava no vermelho - proporcionando a volta dos que foram consumidos pelo estalar de dedos de Thanos, e salvando também a família do Gavião, seu grande amigo desde o início.

Há alguns como os críticos da Folha (Ivan Finotti) e da Gaúcha Zero Hora, que chamaram o filme de "piegas e chato" sem compreender que estavam diante de um grande desfecho. Gente que não acompanhou os filmes anteriores e nunca leu uma HQ, mas por ser "crítico" acredita que sabe do que está falando...

E a DC? Quando vai se redimir?

Obrigado irmãos Russo, demais diretores dos filmes anteriores, atores e principalmente minha gratidão ao grande Stan Lee por nos propiciar este mundo de sonhos e entretenimento, no qual podemos esquecer um pouco a correria da vida diária.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Ser comunista

Se ser "comunista" é se importar com os menos favorecidos, lutar por salários justos e reconhecimento por parte dos empregadores, cobrar uma educação libertadora e que ensine as crianças a pensar, se ser comunista é reconhecer os erros do Brasil na história e evitar repetí-los, se ser comunista é entender que são os trabalhadores que sustentam a indústria e não o contrário, se ser comunista é querer que o Estado interfira na economia para equilibrar a balança, se ser comunista é entender que lugar de militar é na caserna e não nos ministérios - pois o papel do militar não é a política - se ser comunista é entender que eu sou importante como trabalhador e mereço educação, salário justo e reconhecimento, então eu sou comunista. 

Esta é minha última tentativa com os alienados do bolsonarismo. Bolsonaro não é direita. Não é extrema direita. Bolsonaro já virou culto. Vocês taxam de comunista qualquer um que se oponha ao paraquedista presidente, mas direita e esquerda são necessários. É alternância. Só uma ditadura têm uma única opinião. 

Eu sou adepto do Keynesianismo, que os bolsonaristas nem sabem o que é. A teoria de Keynes salvou os EUA após a crise de 1929. É a intervenção estatal na economia quando necessário, o que evita sonegadores e malandros como o dono da Havan - negando sua dívida do INSS - e o presidente do Bradesco, que está forçando a reforma da previdência por interesses da instituição. Mas pra quem votou no Bolsonaro, sou comunista e marxista, ideologias que eles também nunca estudaram e não sabem explicar.

domingo, 7 de abril de 2019

Fascismo e Nazismo

Atualmente se discute muito sobre a origem do fascismo e do nazismo, e muito do que se fala não tem embasamento histórico. Foi pensando nisso que resolvi esclarecer de vez as origens dessas duas malditas ideologias que tanto prejudicaram os povos submetidos a elas e tantas mortes causaram na história da humanidade.

O FASCISMO surgiu na Itália, no início da década de 1920, quando vários problemas - principalmente de ordem econômica - ocorriam no país. A Itália, apesar de ser um dos países vencedores da Primeira Guerra Mundial, enfrentava sérias dificuldades sociais e econômicas.

A Itália era governada pelo rei Vitor Emanuel III e seu Primeiro Ministro Giolitti. Benito Mussolini era do Partido Socialista Italiano, mas foi expulso quando apoiou a entrada da Itália na Primeira Guerra. NESTE MOMENTO, VOCÊ, EXTREMISTA DE DIREITA, PODE PENSAR QUE O FASCISMO VEIO DO COMUNISMO, MAS CALMA, A AULA AINDA NÃO ACABOU.

Após ser expulso do Partido Socialista Italiano, Mussolini criou uma organização paramilitar que, após o fim da Primeira Guerra, obteve apoio de ex combatentes. Esta organização era chamada Fascio de Combatimento. Daí surgiu o Partido Nacional Fascista, que promoveu a Marcha Sobre Roma em 26 e 27 de outubro de 1922, cujo objetivo era forçar o rei Vitor a indicar Mussolini como primeiro ministro. No dia 30, o rei cedeu às pressões fascistas e encarregou Mussolini de "reorganizar" o país.

Em 1925 o fascismo já se mostrava ditatorial, e criou o sindicalismo corporativista - não porque se importasse com os trabalhadores, mas para controlá-los. Mussolini assumiu o título de Duce e conduziu a Itália à Segunda Guerra Mundial. Importante lembrar que o rei Vitor Emanuel III continuava vivo,mas era apenas uma sombra, deixando todas as decisões políticas nas mãos do Duce.

Objetivos do fascismo:

- Patriotismo e exaltação da Itália;

- Obediência cega ao Duce;

- Cerceamento da liberdade civil;

- DERROTA DOS MOVIMENTOS DE ESQUERDA.

(Faixa exposta no primeiro discurso de Hitler em 1933 onde se lê "Faça a Alemanha livre do Marxismo!")

O NAZISMO surgiu na Alemanha, tendo herdado muitos aspectos do fascismo italiano. Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Alemanha enfrentou grave crise econômica com inflação altíssima, o que facilitou a revolta da classe média e também dos trabalhadores alemães. 

Havia um pequeno grupo, conhecido como Partido Trabalhista Alemão, criado por um mecânico ferroviário, ao qual Hitler se juntou em 1919. Na verdade, Hitler entrou para o partido para "acompanhar" o desenvolvimento do mesmo e informar os militares sobre o que acontecia nas reuniões. Era uma espécie de espião.

Hitler foi se interessando realmente pelo lado político "da coisa" e com sua oratória inflamada, em 1920 já era a principal figura do partido, e começou a distorcer os ideais e transformar o grupo. O capitão Ernest Roehm incorporou ao partido grupos paramilitares, as SA - seções de Assalto. Hitler mudou o nome do partido para Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. O programa do partido desprezava estrangeiros, denunciava judeus, marxistas, comunistas, ciganos, poloneses e minorias, e prometia trabalho e o fim das reparações de guerra.

Hitler e seu grupo tentaram um golpe em Munique, em 1923, mas falharam. Hitler foi preso e escreveu Mein Kampf (Minha Luta) na prisão. Hitler cumpriu somente oito meses de sua pena, e ao sair, reorganizou e aprimorou o partido, criando estruturas hierárquicas e administrativas. Além das SA já existentes, criou as SS (brigadas de segurança) e também um jornal.

Hitler se tornou chanceler da Alemanha, ficando abaixo somente do presidente Von Hindenburg. Em 1933 o Parlamento Alemão foi incendiado e Hitler atribuiu o incêndio aos comunistas, exigindo de Hindenburg mais poder para "combater os comunistas". Em 1934 Hindenburg faleceu e Hitler tomou para si o posto de presidente, chamando a si mesmo de Führer (líder), e o governo tornou-se totalitário. O nazismo era racista, xenófobo, extremista, totalitário, violento, anticomunista e apresentava um patriotismo exagerado.

Apesar de também criticar o capitalismo, Hitler passou a receber apoio financeiro de empresas e da burguesia de extrema direita, a elite da época, que temia o avanço do partido comunista alemão e a perda de seus privilégios. 

Hitler conduziu a Alemanha à destruição e à vergonha com a Segunda Guerra Mundial, e suicidou-se para não cair na mão dos russos quando estes tomavam Berlim, no fim da Segunda Guerra Mundial.

Obs.: Há uma história que sempre reaparece na internet sobre um broche alemão de comemoração ao dia do trabalho, onde uma águia segura uma foice e um martelo. Este broche é citado pelos eleitores de extrema-direita (e extrema ignorância) como suposta prova de que o nazismo era de esquerda. A verdade é que o broche foi criado em comemoração ao dia do trabalho em 1933, no qual Hitler queria ganhar o apoio dos trabalhadores e controlá-los também, evitando as diversas manifestações operárias que já ocorriam em toda a Alemanha. Enquanto o símbolo comunista usa a foice e o martelo cruzados, o broche alemão mostrava a águia nazista segurando a foice e o martelo, controlando a classe trabalhadora do campo (a foice) e a classe trabalhadora da cidade (o martelo). Logo após a comemoração do dia do trabalho em 1933, Hitler intensificou as perseguições aos sindicatos e desmontou todas as organizações operárias.



Bibliografia:

A Chegada do Terceiro Reich - Richard J. Evans
As Origens do Totalitarismo - Hanna Arendt
O Carisma de Adolf Hitler - Laurence Rees

LINKS INTERESSANTES:

TRECHOS DE DISCURSOS DE HITLER, ONDE ELE CRITICA OS MOVIMENTOS DE ESQUERDA

BIBLIOTECA DO EXÉRCITO - NAZISMO É DE EXTREMA DIREITA

NAZISMO - MOVIMENTO DE EXTREMA DIREITA

terça-feira, 19 de março de 2019

Amadorismo

Jornal publica matéria criticando os assessores de imprensa das prefeituras da região Serrana de Santa Catarina, devido a erros de português das notas que são enviadas para a imprensa.

O interessante é que a matéria publicada contém erros de português!


"Texto" escrito com "s" e o artigo "a" antes da palavra "imprensa" sem a crase.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Suzano

O massacre de Suzano. Estamos importando o que há de pior dos EUA? Que influências são essas? Parece que todo tipo de calamidade segue o Brasil este ano. "O mal nunca vem sozinho", já dizia minha avó.

Quando vamos aceitar que a segurança deve ser exercida pelo Estado, e que as armas devem ter um controle rigoroso por parte do Estado?

Você acredita mesmo que se todos tiverem acesso a uma arma, a situação vai melhorar? O cidadão não deve ser responsável por sua própria segurança. O Estado deve priorizar a paz em seu território, para que não tenhamos medo dos bandidos e dos "cidadãos de bem" que, por terem uma arma na cintura, acreditam que podem e devem ter razão em qualquer situação.

Que o povo ignorante possa ser esclarecido a respeito deste assunto, que ainda tenhamos esperança, e que nossos filhos possam estudar sem medo.

PAZ...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

A Imposição da "Democracia" Norte Americana.

Você já percebeu como os norte americanos são preocupados com a democracia em outros países? Sempre que há um "ditador" comandando algum país, logo os EUA começam a impor sanções com a desculpa de derrubar governos mal intencionados, "comunistas". E assim que o país está quebrado economicamente, as tropas norte americanas invadem com para "derrubar o ditador" e "impor a democracia". Que povo maravilhoso, que se preocupa com as nações que sofrem, não? 

NÃO!

O governo norte americano não está preocupado com nenhum outro povo, e às vezes não se preocupa nem mesmo com seu próprio povo, pois envia jovens para a morte em vários lugares do planeta.

O governo norte americano não se importa se um país é regido por uma ditadura ou por um governo democrático. Não se importa se as pessoas estão sem emprego ou com fome. Não se importa se o governo é comunista, fascista, de direita, esquerda, centro ou de qualquer outra ideologia. O governo norte americano se importa com DINHEIRO, PETRÓLEO, RECURSOS MINERAIS E NATURAIS. 

Trump alega querer ajudar a Venezuela, enquanto barra a entrada de alimentos  e remédios. Se ele quisesse mesmo ajudar o povo venezuelano, enviaria remédios e alimentos. Mas ao contrário disso, os norte americanos querem quebrar a Venezuela para depois tomar-lhes o petróleo. Eles invadem com a desculpa de derrubar o governo de Maduro, criam um governo provisório, mandam suas empreiteiras reconstruírem o que eles mesmo destruíram, e roubam o petróleo com alguma desculpa esfarrapada. Foi assim no Iraque, exatamente assim. Não havia armas de destruição em massa. Nunca houve.

Em 1846, os EUA invadiram o México e anexaram o Texas, por causa do ouro que havia lá.

Em 1906, os EUA invadiram CUBA para combater o povo, durante as eleições.

Em 1912, os EUA invadiram a Nicarágua com a desculpa de combater guerrilheiros e ficaram no país por 20 anos.

Em 1915 tropas norte americanas invadiram o Haiti e transformaram o país numa colônia por 19 anos, esgotando seus recursos. A pobreza que se vê hoje no Haiti é culpa dos norte americanos.

Em 1919, os EUA invadiram Honduras, colocando no poder um governo fantoche.

Em 1925, os EUA invadiram o Panamá para combater uma greve de trabalhadores.

Em 1954 os EUA invadiram a Guatemala, derrubaram o governo de Jacobo Arbenz, eleito democraticamente, e impuseram uma ditadura militar a seu serviço.

Em 1961 invadiram novamente Cuba, mas aí foram rechaçados.

E houveram outras invasões nestes mesmos países por vários anos, e também em outros lugares, como El Salvador, Porto Rico, Granada, Bolívia, Hawaí, Paraguai, Chile, Venezuela, Equador, BRASIL (através da CIA, os EUA apoiaram o golpe de Castelo Branco), isso sem falar  no Oriente Médio, no Vietnã, e tantos outros lugares. E em todos estes lugares os EUA exploraram o povo e roubaram recursos com desculpas esfarrapadas.

Entrar em um país e sequestrar seu presidente conduzindo-o à forca ou à prisão é crime contra a soberania do país. Se ilude quem acha que os Estados Unidos estão preocupados com os demais países. Tudo é interesse e ambição. E se for preciso matar uma população inteira para extrair recursos, os norte americanos farão isso.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Brumadinho

Um crime que se repete. Uma nova Mariana. Não chamo de acidente ou tragédia, não. É um crime. Uma barragem mal feita, que quando se desfez, a primeira ação do presidente da Vale não foi se comprometer com as famílias dos mortos e desaparecidos, mas sim mostrar documentos alegando que tudo estava correto, que vistorias haviam sido feitas e que era um "acidente". O nome disso é ambição, é descaso.

A Vale foi uma poderosa empresa pública vendida por um valor muito aquém do que ela realmente valia, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Foi entregue na mão do capital privado, mas ao contrário do que o povo ignorante pensa, a privatização piorou a empresa em vez de melhorá-la. Prova disso é sua administração voltada única e exclusivamente ao lucro, esquecendo-se dos funcionários e da manutenção preventiva.

Que as pessoas possam suportar a dor da perda de seus ente queridos e superar as dificuldades que virão até que suas vidas sejam reconstruídas.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

A Grande Ficha

Acompanhem o desenrolar da política e economia brasileira no blog A Grande Ficha. Afinal de contas, um dia ela vai cair...