O pai é o herói do filho, não há filho pequeno que não se orgulhe de seu pai, que não o veja como um grande homem, corajoso, inteligente, rápido, engraçado - deixando de lado as exceções, claro.
Qual é o pai que nunca ouviu seu filho dizer "meu pai é o melhor pai do mundo". Qual pai que nunca foi recebido por seu filho ou filha quando chega do trabalho, e mesmo depois de um dia cansativo, o stress e o cansaço parecem desaparecer milagrosamente diante daqueles olhinhos e daquele sorriso sincero.
Muitas vezes eu ignorei o cansaço do dia e os problemas pra brincar com minha filha, ou pra ver um filme com ela, ou pra jogar aquele jogo que era tão importante pra ela naquele momento. E foi compensador.
Mas esta fase tão boa e importante vai se findando, e infelizmente se acaba. Quando a criança chega em seus oito ou nove anos, seus pensamentos e interesses começam a mudar, seus horizontes se ampliam, e aqueles que antes eram seus heróis vão perdendo a importância.
Dói um pouco. Em mim ao menos doeu. O fim da infância e a pré adolescência mudam rapidamente a maneira como nossos filhos vêem o mundo ao seu redor. O pai já não parece tão inteligente, nem sempre está com a razão, suas histórias já não são tão engraçadas e nem tão interessantes.
Dizem os mais velhos que esse desinteresse aumenta mais ainda com a juventude, quando os filhos se julgam mais inteligentes que seus pais e acreditam estar com a razão. Os pais ficam "ultrapassados".
Se você hoje vê seu filho ou filha te olhar com olhos de admiração, se quando você chega em casa ele te implora para brincar, se ela pede pra você levá-la naquele parquinho público onde vocês já foram centenas de vezes, FAÇA ISSO! Aproveite! Essa fase vai acabar, e vai chegar o momento em que você terá vontade de sair com seu filho, e ele não vai querer, pois vai sair com os amigos, ou vai preferir ficar em casa vendo uma série qualquer.
Você, pai, é um herói temporário, com prazo de validade. Aproveite seus "superpoderes" antes que eles acabem.
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