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sábado, 8 de abril de 2017

Utilitarismo - John Stuart Mill

Estou lendo um livro sobre Utilitarismo, uma doutrina filosófica cujos pioneiros foram Jeremy Bentham e Stuart Mill. Bentham aliava sua teoria ao hedonismo - as ações morais são aquelas que maximizam o prazer e minimizam a dor. 
O Utilitarismo de Stuart Mill se afasta do hedonismo, e se aprofunda na bondade, considerando que a felicidade deve ser não apenas para uma pessoa, mas para a coletividade.

O julgamento das ações de acordo com o Utilitarismo é simples: são pesadas suas consequências, e quando as consequências positivas são superiores às negativas, a ação é considerada uma boa ação moral.

Stuart Mill também analisa a situação da nossa educação moral: somos ensinados a não fazer certas ações porque a sociedade e a justiça as consideram erradas, e essas más ações nos trarão consequências ruins. Mas o ideal não seria avaliarmos nossas ações partindo de nossa consciência? A "punição" moral deveria vir de dentro de nós, e não da sociedade. Quando o ser humano aprender que não deve cometer o mal não porque a sociedade está observando, mas porque é errado, muitas ações más deixarão de existir.

Podemos tomar como exemplo a corrupção que assola o Brasil. O ser humano aprende que não deve roubar, pois será preso, a sociedade o julgará mal e perderá sua confiança. Então quando "ninguém está olhando" e a oportunidade surge, o ser humano rouba. Se dentro de sua consciência o ato de roubar fosse condenado antes de se tornar real, se o ser humano estivesse pensando não somente em si, mas também na coletividade, no bem geral, como ensina o Utilitarismo de Mill, a corrupção não existiria. Infelizmente, será necessária uma mudança muito grande na educação moral e na ética humanas para que o ser humano se torne um ser preocupado com seus semelhantes, deixando de ser egoísta.

John Stuart Mill

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