Submarino

domingo, 2 de abril de 2017

Pokémon Go e redes sociais

Em agosto de 2016, falei aqui sobre a febre Pokémon Go, a modinha do momento. Coisa linda! Gente caminhando pelas ruas com nova disposição e propósitos. Pessoas deprimidas que foram curadas pelos poderes do maravilhoso aplicativo que resumia-se a caminhar por aí caçando pokémons. Mas tudo passa.

Acho tão ridículas e hipócritas algumas invenções humanas que até fico com vergonha de fazer parte da espécie. Velhinhos afirmavam que "haviam descoberto um ótimo motivo para sair com seus netos: caçar pokémons". E o amor pelos netos não conta? Onde estão estes velhinhos agora? Voltaram para suas cadeiras de balanço? Os avós que realmente amam seus netos continuam por aí cuidando deles e passeando com eles.

E os deprimidos que haviam sido "curados", voltaram para seus quartos escuros? Quem resolve lutar pela vida continua lutando, não precisa de um monstrinho colorido pra lhe dar ânimo.

A tecnologia é boa e necessária, mas o ser humano precisa usá-la, e não o contrário. O que mais vemos são mães que esquecem de cuidar dos filhos, mas não esquecem de atualizar seu perfil nas diversas redes sociais das quais fazem parte. Jovens com mais de cinco mil amigos, mas que se irritam com seus pais por qualquer coisa. Então quando lhes ocorre algum problema sério, nenhum dos cinco mil amigos lhes dará apoio, e sim, seus pais.

A melhor rede social da qual poderíamos fazer parte seria um bom grupo de amigos, pessoas boas e confiáveis - que são raras - com as quais pudéssemos passar o tempo, conversar, rir e até produzir algo útil. Foi assim que a humanidade se desenvolveu, mas este tipo de relação está desaparecendo. Como será a sociedade do futuro? Algo preocupante a ser analisado.

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