Submarino

segunda-feira, 22 de julho de 2013

#365Livros - #Livro203 - CORÃO



Corão

Há muitos anos desejo ler o Corão (aliás, o correto é Corão, Al é palavra que indica o artigo, logo, Alcorão significa A recitação), não sou muçulmana, não tenho a menor vontade de ser uma, apenas acho a coisa mais importante do mundo conhecer e respeitar o ser humano. É lógico que para respeitar as diversas religiões não é necessário ler seus livros sagrados, isso é um desejo meu, eu já li até livro espírita, porque não ler o Livro dos muçulmanos?
O Islamismo é uma religião que me fascina desde criança. Existe uma comunidade forte de muçulmanos na cidade onde moro, talvez isso tenha me incentivado. Como cristã, sempre me questionei sobre a fundação do Islamismo e seu desenrolar, mas felizmente, não tenho a mesma mente poluída e pobre dos protestantes por aí...
Segundo a tradição islâmica, o Corão foi revelado por Deus a Maomé por 22 anos. Nesta crença, Maomé é o maior profeta de Deus, apontado por Ele para pregar a mesma mensagem de Abraão, Moisés e Jesus, que teria sido corrompida ao longo dos anos (foi mesmo).
Assim como a Bíblia, o Corão é dividido em capítulos e versículos. São 114 capítulos – Suras – e entre 6500 e 6600 versículos – Ayat – de acordo com a edição.
Também, semelhante ao livro sagrado cristão, o Corão fala de Deus e da Criação, das normas de vida para o muçulmano. Porém, bem ao oposto do Cristianismo, que transformou a Bíblia num negócio extremamente lucrativo, não é comum se vender o Corão. Ao contrário, o correto para o muçulmano é dar o livro de presente para as pessoas.
O Corão cita vários personagens bíblicos: Adão, Abraão, Moisés, Jesus reiterando os laços das três grandes religiões monoteístas – Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Maria, mãe de Jesus, inclusive, é mais citada no Corão do que na Bíblia.
As mesmas polêmicas e os mesmos problemas que a Bíblia também cercam o Corão (e agora serei linchada pelos protestantes). A questão da tradução do livro muçulmano muitas vezes é questionada – como a tradução da Bíblia e presença ou ausência de livros nela – já que o Corão teria sido traduzido por homens, num contexto extremamente paternalista e arcaico, o que explicaria o exagero de algumas normas relativas às mulheres, na verdade as verdadeiras palavras do Corão talvez não fossem tão duras. Além disso, as variações do árabe – assim como a ausência de vogais no hebraico, com relação á Bíblia – também abriria margem para traduções e interpretações ambíguas.

74ª Surata - versículo 31
"E não designamos guardiões do fogo, e não os anjos, e não fixamos eu número, senão como prova para os incrédulos, para que os adeptos o Livro se convençam; para que os fiéis aumentem em sua fé e para que os adeptos do Livro, assim como os fiéis, não duvidem; e para que os que abrigam a morbidez em seus corações, bem como os incrédulos, digam: Que quer dizer Deus com esta prova? Assim Deus extravia quem quer e encaminha quem Lhe apraz e ninguém, senão Ele, conhece os exércitos do teu Senhor. Isto não é mais do que uma mensagem para a humanidade."

9ª Surata – versículo 5
"Uma vez expirados os meses sagrados, matai os idólatras onde quer que os encontreis, e apanhai-os e tornai-os prisioneiros, e ficai a sua espreita; mas, se eles se convertem, se observam a oração, se concedem a esmola, então deixai-lhes livre o caminho, pois Deus é indulgente e misericordioso."

5° Surata – versículo 32
“E se alguém salvar uma vida, será como se tivesse salvo toda a humanidade"

Antes de falar que o Islamismo é uma religião intolerante, lembre-se de que intolerantes são as pessoas, e elas podem estar em qualquer lugar. Se você julga um povo todo de intolerante, como se todos fossem iguais, o intolerante é você.

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