Submarino

domingo, 30 de junho de 2013

Ferida

O que você faz da sua vida quando você encontra alguém especial, alguém que te ama, que te entende, que te aceita. Alguém que você sabe que foi feito para você. Mas essa pessoa já tem alguém. E você se sente um lixo. Você quer falar sobre famílias, sobre o amor de Deus, mas você sente que está destruindo uma família. Uma família que já está destruida, mas você se sente culpada. Você ama essa pessoa. Você vai amá-la para sempre. Mas ela não pode ser sua. Ninguém entende você. Você não sabe nem se Deus entende você. Você não sabe mais o que pedir para ele, porque toda a sua alegria de viver se foi. Você vê a pessoa que você ama amarrada em um casamento que não cresceu, em um casamento que fracassou, porque a outra pessoa não se importou. E você se sente uma intrusa. Porque todos te apontam e dizem que você está roubando a felicidade dos outros. E você tem vontade de gritar, de morrer! Porque você não está roubando a felicidade de ninguém, não existe felicidade! Só existe dor e sofrimento, e arrependimento. Por isso, Deus, se Você me vê, me ampare, só Você pode ver meu sofrimento e meu sentimento. Só você pode me condenar ou me abençoar. Tira-me desse fosso, me de consolo e a certeza de que eu posso sonhar. Dê-me a chance de ter minha família, de construir a minha vida. Você sabe a Verdade, e se você permitir a tristeza em cima de uma mentira, eu não posso ter mais fé. Me ampare, porque a minha fé é fraca, e o dia em que eu perder minha fé eu perderei tudo.



Se você esta vendo essa mensagem e tem alguma fé, ore por mim. Você não me conhece, mas eu te peço ajuda. Não que me julgue, mas que ore por mim. Eu vivo o pior momento da minha vida.

Calendário julho - Espírito Santo


#365Livros - #Livro181 - XADREZ FÁCIL


 

Xadrez Fácil
Luciano Riélo Ferreira

Ganhei este livro do Marvin em 2009, quando ele desistiu, infelizmente de tentar aprender a jogar xadrez... um jogo que requer não apenas inteligência, mas paciência e admiração pelo jogo – coisas que o Marvin tem de sobra... um jogo tão fascinante que encanta o ser humano desde que foi criado, mais ou menos no quarto século antes de Cristo. Ferreira traz um pouco do histórico do jogo, com a curiosa lenda da possível origem do xadrez, os conceitos básicos do jogo, evoluindo para capturas, lances, xeques e mates, análises de partidas, conselhos para jogadores e curiosidades sobre o xadrez. É um livro muito bom para aqueles que não conhecem nada de xadrez ou que conhecem pouco e querem se tornar bons enxadristas. Ferreira deixa claro duas coisas importantes. Primeiro: é preciso disciplina. O xadrez é um jogo extremamente cerebral, que requer concentração e treino, desenvolvimento de raciocínio, afinal, são dezesseis peças, que, juntas, podem executar uma variedade de movimentos. Segundo, e tão importante quanto o primeiro: o xadrez é uma diversão. Uma ciência, e também uma arte. O xadrez deve ser prazeroso para quem o pratica. São tantos os benefícios que ele proporciona, mas não deve ser encarado como uma obrigação, mas sim como uma diversão. Sua pratica não deve ser forçada. Afinal, o xadrez, antes de qualquer coisa, é um jogo, um lazer, um passatempo.

sábado, 29 de junho de 2013

#365Livros - #Livro180 - O NATAL DE POIROT




O natal de Poirot   
Agatha Christie

As obras de Agatha são marcadas pela sua criatividade, afinal, não é todo mundo que consegue escrever 80 romances policiais sem se repetir, mas, algumas, destacam-se por seus desfechos extremamente despojados e originais. Este livro e uma dessas obras. É véspera de natal, e Poirot espera ter um feriado tranqüilo, mas o velho Sr. Lee morre de maneira extremamente sanguinolenta e agressiva, e, a pedido do coronel Johnson, Poirot resolve resolver este caso. Lembro-me, quando comecei a ler Agatha Christie, que folheava os livros para ver quando Poirot aparecia. Neste, ele aparece somente na página 70, mas, como sempre, rouba a cena. Uma curiosidade: Agatha dedicou este livro a um amigo, James, que sempre dizia a ela que seus crimes eram “anêmicos”, que desejava um crime cheio de violência e sangue. Assim ela fez. E inicia sua obra citando Macbeth: “Quem jamais poderia imaginar que aquele velho guardasse tanto sangue dentro de si?”.

Parabéns a todos os DUBLADORES!

Feliz dia do dublador! Nossa homenagem a estes profissionais que tornam nossa vida mais fácil, e são tão pouco lembrados. Parabéns! 

(Guilherme Briggs, um dos grandes dubladores brasileiros)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

#365Livros - #Livro179 - O CÓDIGO DA BÍBLIA III - PARA SALVAR O MUNDO




O código da Bíblia III – para salvar o mundo     
Michael Drosnin

Comprei o terceiro Código da Bíblia extremamente empolgada e ansiosa para descobrir novas revelações bizarras, e... nada. Tal qual um certo J. J. Benitez, e seus nove cavalos, Michael Drosnin perdeu a mão em sua investigação, que nos dois primeiros livros mostra-se, pelo menos, extremamente seria e vestida de credibilidade. Neste, o autor não trouxe nada de novo, com exceção da eleição de Barack Obama – sim, ele afirma que ela também está no código. No livro não traz a tensão dos outros dois, mesmo não sendo romances, o clichê de salvar o mundo das garras de Osama e sua turma torna-se maçante, enfim, o livro perdeu o brilho que poderia ter herdado dos seus irmãos mais velhos. Mas, mesmo assim, sugiro que se leia. O código da bíblia é uma investigação feita por Drosnin e o professor Eli Rips, dois homens que aparentam muita credibilidade, dois homens de correntes de pensamento distintas – o professor Rips é judeu ortodoxo, Drosnin declara-se ateu – e souberam respeitar-se, admirar-se e trabalharem juntos. Assim, a trilogia fecha-se, apagada, mas ainda declarando o objetivo inicial, e apresentando mais “evidências”, não muito empolgantes, mas evidências do trabalho de 15 anos do professor Rips. Se Drosnin fechou sua obra, não sei, mas espero que pense bem antes de prosseguir. Um J. J. Benitez sem freio já irrita muita gente. Não precisamos de mais um na história da literatura religiosa-jornalistica-fantástica-polêmica.  

Al Ries, o mago do Marketing

Prometi, e hoje estou cumprindo a promessa: vou falar um pouco sobre Al Ries, o mago do marketing.  Ele é o fundador – junto com sua filha Laura Ries – de uma poderosa empresa de consultoria em publicidade, a Ries & Ries, em Atlanta. Ries se formou na DePauw University (Escola de Música e Artes Livres!!!) em 1950, e foi trabalhar no departamento de publicidade da General Electric, antes de fundar sua própria companhia, e tem em sua carteira de clientes grandes corporações, como a AT&T e a Intel.
Criador, junto com Jack Trout, do conceito de Posicionamento, Al Ries tem desenvolvido um profundo estudo sobre este campo da publicidade. Posicionamento é a técnica de criar uma imagem, uma identidade para um produto, serviço , marca ou empresa. Esta imagem deverá ocupar um espaço na mente do consumidor em determinado mercado. O posicionamento é a conquista da marca sobre a mente do consumidor em potencial, é uma decisão estratégica, com a finalidade de aumentar a percepção do cliente sobre o produto, serviço ou empresa em questão, tornando a marca inconfundível, global e sempre lembrada. Exemplo? Os arcos dourados do Mc Donald’s.
 
Ries também é autor do livro "The Fall of Advertising & The Rise of RP" (A Queda da Publicidade e o Ressurgimento das Relações Públicas), que escreveu junto com sua filha. O livro fala sobre a importância das relações públicas antes da publicidade, ou seja, conquistar clientes antes de expor um produto. O que mais gosto em sua teoria é ouvir ele afirmar que as empresas brasileiras não conseguem se posicionar lá fora porque não têm visão global, e, geralmente, seus nomes ou marcas não fazem sentido internacionalmente. Al Ries tem adaptado seu conceito de publicidade com o surgimento e domínio das redes sociais, e tem se antecipado a muitos acontecimentos que estão mudando o marketing mundialmente.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

#365Livros - #Livro178 - DUNA




Duna      
Frank Herbert

O americano Frank Patrick Herbert escreveu a segunda maior obra da ficção científica da história, que, assim como Fundação, sobe a um futuro hipotético e distante para descer ao mais profundo do ser humano. Nesse futuro, um império galáctico toma conta do universo, num contexto feudal, controlado por grupos intitulados Casas Nobres. Nesse universo, a Terra não é mais habitada.
O jovem Paul Atreides, herdeiro da casa Atreides, transfere-se com sua família para o planeta Arrakis, um deserto inóspito, fonte da especiaria Melange, motivo de disputa política e social. A especiaria garante longevidade a quem se utiliza dela. Assim, os conflitos políticos desenrolam-se em torno de Paul e sua posição política. Herbert desenha perfeitamente sua alegoria. Melange representa nada menos do que o petróleo, e as disputas sociais são uma referencia ao contexto de nossa própria sociedade. Uma obra cheia de filosofia, biologia, psicologia, religião, e várias outras correntes de pensamento e estudo, com o único objetivo de demonstrar como o ser humano pode ser – e é – egoísta, hipócrita, e demonstrar que as decisões que tomamos hoje podem se refletir de maneira drástica amanhã. Sem dúvida, uma obra prima da literatura norte americana, que mesmo com seu fundo de ficção científica, pode agradar quem não gosta desse tema, pois seu maior foco é na crítica à sociedade.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

#365Livros - #Livro177 - SOB A REDOMA




Sob a redoma
Stephen King

Stephen King é um rei na literatura, com sua sagacidade e sua capacidade de ir direto ao ponto, de não ter medo de escrever, de não ter papas na língua e escrever sobre coisas que o mundo precisa ouvir. Assim, King produziu uma chaproca de exatas 951 páginas, uma espécie de Walking dead sem zumbis. Em Sob a redoma, os mortos vivos são os seres humanos sem capacidade de reação, a milícia é a camada política dominante, sempre disposta a fazer valer seus interesses mais podres e capaz de esconder seus crimes mais hediondos. Na pequeníssima Chester’s Mill, ambientada no Maine – estado onde King vive, com sua esposa Tabitha – uma redoma transparente inexplicavelmente surge, sabe Deus de onde, numa bela manhã de sábado, isolando a cidade dos EUA, do mundo. Imediatamente, duas facções destacam-se. Uma, liderada pelo segundo vereador da cidade, Big Jim Rennie, dissimulado e corrupto, usando o isolamento e fragilidade da cidade como maneira de dominação. Outra, representada pelo veterano Dale Barbara, o Barbie, e a jornalista Julia Shumway, ligados pelo acaso e pela decência e coragem. Ao longo do livro – ainda estou só na página 218 – a situação se torna climaticamente e socialmente crítica, pessoas ligam-se a ambos os lados, e uma guerra particular dentro da redoma se trava. Sem dúvida, um clássico, uma leitura obrigatória para qualquer pessoa crítica e disposta a estar acima da massa de manobra.