Muita gente me critica quando começo a falar a respeito do
nosso país, o Brasil. Mas quando falo, não é apenas por falar, mas na esperança
de que alguém ouça, e possa mudar sua opinião. Nosso povo é acomodado por
natureza, descansado e malandro. Esses defeitos são elogiados, somos taxados de
“o povo mais feliz da Terra”, quando na verdade não somos felizes, e sim,
ignorantes.
Nosso governo é corrupto, porque o povo valoriza o jeito malandro
de ser. Criticamos nossos políticos, mas esquecemos que eles saíram do nosso
meio. O brasileiro torce por seu time e confunde isso com patriotismo, quando
na verdade não passa de uma cultura de ignorância e comodismo. Produzimos
coisas que chamamos de música, que são na verdade alusões ao sexo, às drogas e
ao álcool. Humilhamos as mulheres citando-as nessas músicas como objetos de
prazer, e o pior é que nem mesmo as mulheres se tocam disso, gostando de ser
tratadas assim. Elas se vestem como prostitutas e esperam ser tratadas como
damas.
Em tempo de copa do mundo, todo mundo é patriota, confundindo as coisas.
Isso é coisa da massa ignorante. Ser patriota é servir à Pátria fazendo coisas
pelo bem dela. O esporte é bom, talvez reduza a criminalidade, mas não evolui o
país. E tem muito jogador que com suas ações estimula jovens a não estudar,
optando pelo futebol como um caminho para a riqueza e fama sem passar pelos
estudos. Basta ver o grau de inteligência dos jogadores de futebol.
O governo
deveria usar a mídia para mostrar porque estamos nesta miséria intelectual, e
não fazer campanhas ridículas como “o melhor do Brasil é o Brasileiro”. O fato
de torcer pelo seu time ou pelo seu país não é patriotismo, é apenas um
fenômeno de agregação social em torno de um objetivo comum, fenômeno este que
atinge a massa ignorante, que infelizmente é a grande maioria dos brasileiros.
O mesmo acontece com a música. Muitas pessoas falam em valorizar “as raízes”.
Mas nossas raízes não são dignas de valorização.
No dia do encerramento das Olimpíadas de Londres, alguém no
Twitter dizia o seguinte:
“Um repórter do The Guardian estava sambando na cara da
sociedade, valorizando nossa cultura, e nós ficamos criticando, está na hora de
rever nossos conceitos”
Fiquei indignado! Rever conceitos? Que conceitos preciso
rever? Preciso deixar de ter bom gosto e passar a gostar de samba, pagode, axé,
forró, sertaneja, funk, futebol e carnaval porque algum idiota do The Guardian
resolveu sambar? Não!
Que me perdoem as pessoas “influentes” da internet. Que me
perdoem os formadores de opinião, os jornalistas, e que me perdoe o Cris Dias,
mas eu tenho meu orgulho e meus conceitos: Tenho orgulho de trabalhar, de lutar
por mim e por minha filha. Tenho orgulho de ser um guitarrista de rock, tenho
orgulho de ler bons livros, de gostar de Asimov, Sagan, Tolkien e outros da
mesma classe. Tenho orgulho de não perder tempo com novelas e futebol, e fico
feliz por poder selecionar minha própria cultura. Vivo num país onde o povo
acha “legal” ser malandro e festeiro, mas prefiro me excluir. A “cultura”
reflete o que o ser humano tem na cabeça, e como já dizia a Bíblia há mais de dois mil
anos atrás (pasmem), “a boca fala daquilo que o coração está cheio."
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