Submarino

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Cultura ou Ignorância? Patriotismo ou Idiotice?

Muita gente me critica quando começo a falar a respeito do nosso país, o Brasil. Mas quando falo, não é apenas por falar, mas na esperança de que alguém ouça, e possa mudar sua opinião. Nosso povo é acomodado por natureza, descansado e malandro. Esses defeitos são elogiados, somos taxados de “o povo mais feliz da Terra”, quando na verdade não somos felizes, e sim, ignorantes.
Nosso governo é corrupto, porque o povo valoriza o jeito malandro de ser. Criticamos nossos políticos, mas esquecemos que eles saíram do nosso meio. O brasileiro torce por seu time e confunde isso com patriotismo, quando na verdade não passa de uma cultura de ignorância e comodismo. Produzimos coisas que chamamos de música, que são na verdade alusões ao sexo, às drogas e ao álcool. Humilhamos as mulheres citando-as nessas músicas como objetos de prazer, e o pior é que nem mesmo as mulheres se tocam disso, gostando de ser tratadas assim. Elas se vestem como prostitutas e esperam ser tratadas como damas.
Em tempo de copa do mundo, todo mundo é patriota, confundindo as coisas. Isso é coisa da massa ignorante. Ser patriota é servir à Pátria fazendo coisas pelo bem dela. O esporte é bom, talvez reduza a criminalidade, mas não evolui o país. E tem muito jogador que com suas ações estimula jovens a não estudar, optando pelo futebol como um caminho para a riqueza e fama sem passar pelos estudos. Basta ver o grau de inteligência dos jogadores de futebol.
O governo deveria usar a mídia para mostrar porque estamos nesta miséria intelectual, e não fazer campanhas ridículas como “o melhor do Brasil é o Brasileiro”. O fato de torcer pelo seu time ou pelo seu país não é patriotismo, é apenas um fenômeno de agregação social em torno de um objetivo comum, fenômeno este que atinge a massa ignorante, que infelizmente é a grande maioria dos brasileiros. O mesmo acontece com a música. Muitas pessoas falam em valorizar “as raízes”. Mas nossas raízes não são dignas de valorização.

No dia do encerramento das Olimpíadas de Londres, alguém no Twitter dizia o seguinte:
“Um repórter do The Guardian estava sambando na cara da sociedade, valorizando nossa cultura, e nós ficamos criticando, está na hora de rever nossos conceitos”
Fiquei indignado! Rever conceitos? Que conceitos preciso rever? Preciso deixar de ter bom gosto e passar a gostar de samba, pagode, axé, forró, sertaneja, funk, futebol e carnaval porque algum idiota do The Guardian resolveu sambar? Não!
Que me perdoem as pessoas “influentes” da internet. Que me perdoem os formadores de opinião, os jornalistas, e que me perdoe o Cris Dias, mas eu tenho meu orgulho e meus conceitos: Tenho orgulho de trabalhar, de lutar por mim e por minha filha. Tenho orgulho de ser um guitarrista de rock, tenho orgulho de ler bons livros, de gostar de Asimov, Sagan, Tolkien e outros da mesma classe. Tenho orgulho de não perder tempo com novelas e futebol, e fico feliz por poder selecionar minha própria cultura. Vivo num país onde o povo acha “legal” ser malandro e festeiro, mas prefiro me excluir. A “cultura” reflete o que o ser humano tem na cabeça, e como já dizia a Bíblia há mais de dois mil anos atrás (pasmem), “a boca fala daquilo que o coração está cheio."


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