Agradecimentos: Biologia, volume único, 5ª edição, César, Sezar, Caldini. 2011
A biologia é a mais fascinante das ciências para mim. Estudar biologia é conhecer a maravilha da natureza em sua plenitude, é conhecer a vida na sua essência. É ver a grandiosidade da vida nos maiores seres, nas maiores florestas, e nas menores criaturas, na mínima imensidão do DNA, a fonte da vida em toda criatura, desde os vírus até as sequóias, as baleias e as águias. Poder dividir esse conhecimento com você, e quem sabe fazer você gostar de algo que talvez nunca tinha prestado muita atenção, ou goste tanto quanto eu, e se identifique, é uma honra. Eu amo estudar. Eu amo varias coisas. Mas a biologia é, literalmente, a minha vida.
Características gerais dos seres vivos
Parece fácil distinguir um ser vivo de algo inanimado. Não obstante, a biologia precisa estabelecer parâmetros claros para classificar um ser vivo. No momento atual, a ciência em geral atribui sete características fundamentais para classificar algo como ser vivo:
• Presença de células
• Necessidade de energia
• Apresentam metabolismo
• Resposta a estímulos
• Presença de material genético
• Reprodução
• Evolução
1. Todos os seres vivos apresentam células. Elas são as menores partes de um ser vivo, sua constituição básica. Os seres podem apresentar apenas uma célula, os unicelulares, como as bactérias ou alguns protistas, ou muitas células, os pluricelulares, como os animais, plantas e fungos.
Erroneamente, muitas vezes as crianças são, ou eram, ensinadas nos primeiros anos escolares que toda a célula é formada pela membrana plasmática, a membrana que envolve a célula, citoplasma, o material interno da célula, e núcleo. Está tudo correto, mas quanto ao núcleo, o correto é dizer material genético. Toda célula possui material genético, mas apenas algumas, que na verdade são muitas, chamadas de eucariontes, apresentam núcleo. O núcleo ocorre quando uma membrana, chamada carioteca, envolve o material genético em um espaço delimitado na célula. Animais, plantas, fungos e protistas apresentam células com núcleo, são todos eucariontes. Apenas moneras – bactérias e cianobactérias – não apresentam núcleo. Nesses seres, o material genético fica “solto” pelo citoplasma. Esses seres são chamados procariontes.
2. Os seres vivos nutrem-se para obter energia, o combustível para realizarem suas atividades, tanto em nível físico como em nível celular. Há dois tipos fundamentais de nutrição. Os seres autótrofos conseguem produzir as substancias necessárias para a sua nutrição. Eles retiram as substancias simples do ambiente, como água e gás carbônico, e transformam em açucares, através da fotossíntese (seres clorofilados, na maioria plantas) e da quimiossíntese (em geral bactérias que vivem em ambientes inóspitos, como vulcões). Os organismos heterótrofos não conseguem produzir as substancias de que precisam, então precisão ingerir outros seres para obter seu alimento. Todos os seres heterótrofos dependem direta ou indiretamente dos seres autótrofos.
Tanto os seres autótrofos como os heterótrofos precisam de energia. Essa energia é obtida dos alimentos através da respiração celular. Nesse processo, a glicose – obtida pela alimentação – participa de uma serie de reações químicas dentro da célula, onde é novamente transformada em gás carbônico e água. Essa transformação da glicose, que é um tipo de combustão, transfere energia às células.
Preste atenção: tanto um pé de alface quanto um gato precisam de glicose, para ser utilizada na respiração celular e fornecer energia para o organismo. A diferença é que a alface é autótrofa, transforma sozinha as substancias simples em glicose. O gato, heterótrofo, precisa ingerir outro ser para obter glicose.
3. Metabolismo é o conjunto de reações químicas que ocorrem dentro das células, como a respiração celular, ou reações de síntese de outras substancias, que permitem o crescimento do organismo. É o metabolismo que garante a energia para o organismo se manter em atividade, o que caracteriza a vida.
Continua.
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