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domingo, 13 de dezembro de 2009

Qual o Sentido da Vida? (Wanessa Potter)

                    Qual o sentido da vida? Não há nada que eu possa fazer para responder tal pergunta, porque a grandeza de Deus é de tal magnitude que não cabe na nossa vã Inteligência. Ela é suficiente para enfrentarmos as coisas do mundo. Mas e aí? A vida se resume a trabalhar, voltar para casa, trabalhar no dia seguinte, ir ao cinema no fim de semana, para na segunda começar tudo de novo? Ou casar, engordar e reunir a família aos domingos para comer macarrão? Que maçada. Não pode ser assim. A vida é mais profunda que isso. Eu diria que o cheiro da chuva é mais profundo que seis anos de faculdade. Bom, eu não sei de nada. Mas, se eu penso, logo existo. E este eu acho que deve ser o sentido da vida. Pensar. Viver como eu acho que devo viver. Deixar de lado milênios de futilidades, injustiças e farisaísmos que norteiam a espécie humana. Quebrar paradigmas para mim mesma, sem precisar me drogar, fazer sexo oito vezes por semana com sete pessoas diferentes, comprar dois celulares por ano, ou negar que Deis existe. Minhas roupas, meus discos, meus livros revelam minha maneira de ser. Meu cabelo diz que não quero seguir padrões, mas não preciso pintá-lo de verde para ser diferente. Meu silêncio é revelador. Meu olhar fala por mim. Sábio é aquele que escuta, por isso Deus nos deu uma boca e dois ouvidos. Os vinis nunca vão morrer enquanto eu viver. Não mudarei minha postura para agradar ninguém, porque acho que esse é o caminho. Tenho nojo do mundo, porque não é este o mundo que Deus criou. Nietchze disse que o homem fez Deus à sua imagem e semelhança, eu digo que o homem matou Deus. Tenho nojo das crianças que namoram aos dez anos, porque são como seus pais, que perderam o rumo. Os professores merecem o salário que recebem porque não merecem o diploma que ganharam. O cristianismo é a chaga do lado de Jesus, a mais dolorosa, porque é a única religião que se dividiu. O mundo é uma imensa lata de lixo recheada de podridão. Os seres humanos são as moscas, as crianças são os urubus. A incompreensão do mundo é bizarra, porque julgam o que não podem julgar. Julgam pela aparência, pelo que falam e pelo silêncio, e julgam errado. Ainda assim, consigo sentira a profundidade do cheiro da chuva. Essa é a minha vida. Essa é a minha alma. Esse é meu mundo.

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