Sou o que escrevo. Escrevo para o meu consumo. Acredito nas pessoas, mas acredito que o mundo vai de mal a pior. Não gosto de melodrama. Não sou como as outras mulheres. Não quero ser fútil, vaidosa, baixa, vazia, não quero falar de homens ou de paixões. Quero falar de vida e caridade. Não me preocupo com o que o mundo se preocupa, porque não sou desse mundo. Quero ser diferente. Quero acreditar que ainda vale a pena. Quero acreditar que leis não são imutáveis, que devem ser obedecidas, mas que o homem não esqueça que é senhor do sábado, e não o contrário. Corro em busca da Sabedoria, da Suprema Verdade e da Justiça. Não quero ser puritana, quero andar no caminho certo. Acredito que acima de tudo está o amor. Acredito que o homem banalizou o amor. Tudo o que se chama de amor pode ter uma porção de nomes, menos amor. Fala-se de paixões, casos, traições. Fala-se de compromisso, separação e procura de amor e felicidade. Sepulcros caiados! Não tem nenhuma felicidade e não sabem o que é amor.
Ainda assim, não procuro julgar. Ensinaram-me que não se deve julgar. Deve-se aceitar, e procurar incessantemente o caminho correto. Amo os livros. Escrever é uma tarefa sem fim. Gosto dos confortos que a modernidade me dá, mas amo a natureza e as coisas simples. Guardo quatro pessoas no fundo do meu coração. Espero em breve guardar cinco. Quero mansidão e força. Quero ver as coisas como elas podem ser. Quero, enfim, o que o mundo ignora: o silêncio e a profundidade das coisas. Quero ser grande. Mas sou pequena e fraca. Porque o pequeno será grande, e quando sou fraca é que sou forte. Se a profundidade só existe por causa da superficie, que o mundo seja superficial. Eu sou profunda. Essa é minha alma. Essa é minha vida.
Esse é meu mundo.
(Wanessa Potter)
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